Atletas pedem permanência de estruturas olímpicas
As estruturas esportivas que estão sendo montadas para os Jogos Olímpicos devem ser mantidas, assim como as políticas públicas para o setor, dizem atletas
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2015 às 20h15.
As estruturas esportivas que estão sendo montadas para os Jogos Olímpicos devem ser mantidas, assim como as políticas públicas para o setor, a fim de garantir a formação de novas gerações de competidores.
A opinião é de atletas e desportistas que participaram neste sábado (7) de um evento na Vila Olímpica Ary de Carvalho, no bairro de Vila Kennedy, zona oeste do Rio de Janeiro .
Na oportunidade, jovens de comunidades pobres praticaram esportes ao lado de competidores que vão lutar por medalhas olímpicas e paralímpicas em 2016.A coordenadora do evento, que integra o Projeto Transforma, é a ex-atleta profissional Dôra Castanheira, que defendeu o vôlei feminino do Brasil nas Olimpíadas de Moscou (1980) e Seul (1988), bem como nos Jogos Pan-Americanos de San Juan (1979).
“Eu acredito que o Brasil possa se transformar em um país olímpico, e o caminho é estimular a base. Tem que ter toda uma política de esportes que não pode parar, que dê condições para que esses jovens possam desenvolver todo o seu potencial”, disse Dôra.
Entre os presentes estava o paratleta Jean Sebastião Macedo, que luta para disputar o tênis de mesa nos Jogos Olímpicos. Com 19 anos, ele treina desde os 14 na modalidade. Jean nasceu com malformação congênita, com os braços atrofiados, além de escoliose e uma perna mais curta. Foi o esporte que lhe deu maturidade e confiança na vida.
“Aprendi a superar meus limites. Antes praticava atletismo e futsal, quando um técnico disse que eu poderia jogar tênis de mesa. Já tenho 26 medalhas e estou disputando uma vaga no ranking brasileiro”, disse Jean.
O canoísta Carlos Eduardo Correa da Silva também era uma das atrações entre as crianças da Vila Olímpica, que se surpreenderam com sua habilidade no caiaque. Ele pretende disputar a modalidade de velocidade K2, no percurso de 200 metros, mas antes precisa garantir lugar no ranking.
Segundo ele, a modalidade precisa ser mais desenvolvida no país, e para isso é preciso manter a estrutura que foi montada. "Precisamos construir novos talentos, pois não existe só Rio 2016, queremos 2020 e 2024”, destacou.
O exemplo dos atletas e paratletas comoveu as centenas de pessoas da comunidade que foram à Vila Olímpica. A atendente de pizzaria Adriana Deolindo de Oliveira trouxe os três filhos: um bebê de 5 meses, um garoto de 6 anos e a filha de 10 anos. Esta é sua esperança, pois já pratica judô e atletismo, e recentemente recebeu convite para treinar em um local com mais condições.
“O esporte pode ser uma melhoria na nossa vida. É um mundo que se abre à frente. Quem faz atletismo pode ir pelo caminho melhor, [para] sair dessa vida de pobreza e ficar longe do crime”, disse Adriana.
Editor Stênio Ribeiro
As estruturas esportivas que estão sendo montadas para os Jogos Olímpicos devem ser mantidas, assim como as políticas públicas para o setor, a fim de garantir a formação de novas gerações de competidores.
A opinião é de atletas e desportistas que participaram neste sábado (7) de um evento na Vila Olímpica Ary de Carvalho, no bairro de Vila Kennedy, zona oeste do Rio de Janeiro .
Na oportunidade, jovens de comunidades pobres praticaram esportes ao lado de competidores que vão lutar por medalhas olímpicas e paralímpicas em 2016.A coordenadora do evento, que integra o Projeto Transforma, é a ex-atleta profissional Dôra Castanheira, que defendeu o vôlei feminino do Brasil nas Olimpíadas de Moscou (1980) e Seul (1988), bem como nos Jogos Pan-Americanos de San Juan (1979).
“Eu acredito que o Brasil possa se transformar em um país olímpico, e o caminho é estimular a base. Tem que ter toda uma política de esportes que não pode parar, que dê condições para que esses jovens possam desenvolver todo o seu potencial”, disse Dôra.
Entre os presentes estava o paratleta Jean Sebastião Macedo, que luta para disputar o tênis de mesa nos Jogos Olímpicos. Com 19 anos, ele treina desde os 14 na modalidade. Jean nasceu com malformação congênita, com os braços atrofiados, além de escoliose e uma perna mais curta. Foi o esporte que lhe deu maturidade e confiança na vida.
“Aprendi a superar meus limites. Antes praticava atletismo e futsal, quando um técnico disse que eu poderia jogar tênis de mesa. Já tenho 26 medalhas e estou disputando uma vaga no ranking brasileiro”, disse Jean.
O canoísta Carlos Eduardo Correa da Silva também era uma das atrações entre as crianças da Vila Olímpica, que se surpreenderam com sua habilidade no caiaque. Ele pretende disputar a modalidade de velocidade K2, no percurso de 200 metros, mas antes precisa garantir lugar no ranking.
Segundo ele, a modalidade precisa ser mais desenvolvida no país, e para isso é preciso manter a estrutura que foi montada. "Precisamos construir novos talentos, pois não existe só Rio 2016, queremos 2020 e 2024”, destacou.
O exemplo dos atletas e paratletas comoveu as centenas de pessoas da comunidade que foram à Vila Olímpica. A atendente de pizzaria Adriana Deolindo de Oliveira trouxe os três filhos: um bebê de 5 meses, um garoto de 6 anos e a filha de 10 anos. Esta é sua esperança, pois já pratica judô e atletismo, e recentemente recebeu convite para treinar em um local com mais condições.
“O esporte pode ser uma melhoria na nossa vida. É um mundo que se abre à frente. Quem faz atletismo pode ir pelo caminho melhor, [para] sair dessa vida de pobreza e ficar longe do crime”, disse Adriana.
Editor Stênio Ribeiro