Poliana Okimoto: a atleta foi uma das signatárias de um pronunciamento oficial dos atletas sobre a crise na CBDA divulgado nesta sexta-feira (Clive Brunskill/Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de abril de 2017 às 18h36.
São Paulo - Poliana Okimoto, única medalhista dos esportes aquáticos do Brasil nos Jogos do Rio com o bronze na maratona, afirma que os atletas serão prejudicados com a prisão de três dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) pela Polícia Federal nesta quinta-feira, na operação Águas Claras.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de incentivo ao esporte.
As investigações apuram o destino de R$ 40 milhões que foram repassados pelo Ministério do Esporte.
"Infelizmente, os atletas vão pagar pelos erros dos dirigentes", diz a medalhista.
"No dia a dia, os atletas vão ficar inseguros, com medo do que vai acontecer. Somos os últimos a saber", reclama.
Poliana foi uma das signatárias de um pronunciamento oficial dos atletas sobre a crise na CBDA divulgado nesta sexta-feira.
Um dia depois da prisão de Coaracy Nunes, presidente afastado, e de outros membros da entidade, 13 medalhistas olímpicos da natação brasileira pediram "eleições mais democráticas e legítimas com a maior brevidade possível".
"Nós fizemos um grupo de medalhistas olímpicos dos esportes aquáticos com a intenção de ajudar na evolução das modalidades. A gente achou necessário divulgar uma nota grupo", explica Poliana.