Cinegrafista é atingido por explosivo: Fábio Raposo foi preso no domingo, sob acusação de ter repassado rojão que atingiu e causou a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade (Agência O Globo/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 14h19.
Rio - A manifestante Elisa Quadros, conhecida como Sininho, chegou às 14 horas à 17ª Delegacia Policial, em São Cristóvão, para depor no procedimento aberto para investigar a suposta oferta por ela, em nome do deputado Marcelo Freixo (PSol), ao advogado Jonas Tadeu Nunes, para auxiliá-lo na defesa do tatuador Fábio Raposo.
Raposo, de 22 anos, foi preso no domingo, 9, sob a acusação de ter repassado o rojão que, na quinta-feira, 6, atingiu e causou a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade.
A suposta oferta foi relatada pelo advogado no domingo. Segundo ele, seu estagiário Marcelo Matoso teria recebido uma ligação de Sininho.
O estagiário repassou o telefone ao advogado, que afirmou que a manifestante disse que estava ligando em nome do parlamentar para lhe oferecer uma equipe de advogados para ajudar na defesa de Fábio Raposo.
O delegado Mauricio Luciano disse nesta segunda-feira, 10, que Sininho seria intimada para depor nesta terça, 11. A manifestante entrou na delegacia sozinha sem falar com os jornalistas. Do lado de fora da delegacia, cinco pessoas que seriam ativistas - alguns da mídia alternativa, porém sem identificação - aguardavam sua chegada.
Por volta das 13 horas, houve um princípio de bate-boca entre jornalistas e um deles, que estava fazendo foto dos profissionais de imprensa à distância. Um cinegrafista, então, começou a filmá-lo. O homem não gostou e perguntou o motivo de estar sendo filmado.
Os profissionais então disseram que estavam fazendo o mesmo que ele e, após uma rápida discussão, a questão foi contornada. Por conta disso, o clima é tenso no local.