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Atirador de GO deve ser solto em 2020

O adolescente, que cursava o 8.º ano, foi condenado à sanção máxima prevista no ECA: três anos de internação

Colégio Goyases, em Goiânia (MARCOS SOUZA/VEJA)

Colégio Goyases, em Goiânia (MARCOS SOUZA/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2018 às 09h19.

Sorocaba - Quase um ano depois de episódio semelhante ocorrido em Goiânia (GO), o jovem de 14 anos que matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro dentro da sala de aula do Colégio Goyases cumpre medida socioeducativa no Centro de Internação de Adolescentes, em Anápolis, e pode ser libertado em setembro de 2020. A família de João Pedro Calembo, de 13 anos, tenta superar a perda e a de Isadora de Morais, de 14 anos, que permaneceu 54 dias internada e ficou paraplégica, a auxilia na terapia. A escola adotou medidas de proteção.

Assim como no Paraná, o atirador de Goiás alegou, como motivo para os disparos, que sofria bullying. O adolescente, que cursava o 8.º ano, foi condenado à sanção máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): três anos de internação.

Segundo a advogada Rosângela Magalhães, que o defende, os pais do adolescente, que são PMs, o visitam uma vez por semana. Ele continua os estudos.

A família de João Pedro Calembo, de 13 anos, tenta superar a perda. Em 13 de julho, quando o adolescente faria 14 anos, a mãe, Bárbara Calembo, manifestou em rede social a "eterna saudade" do filho. "A situação em que fomos colocados vai além da nossa compreensão humana, mas o amor que temos pelo nosso filho vai além da vida", escreveu.

Já a família de Isadora de Morais, que ficou paraplégica após os tiros, criou a página Todos pela Isadora no Facebook e conseguiu a doação de uma cadeira de rodas elétrica. Ela também obteve tratamentos para reabilitação e vem tendo progressos, segundo a publicação.

O diretor do Colégio Goyases, Luciano Rizzo, disse que foram tomadas medidas de prevenção. "Foi um acontecimento terrível que a escola nunca vai esquecer, mas passamos a dar muito mais atenção a tudo o que acontece com os alunos."

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás informou que o inquérito foi concluído em 2017 e enviado para o Juizado da Vara da Infância e da Juventude.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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