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Ataque aéreo mata 11 crianças em Mianmar

O porta-voz da ONU especificou que o número de mortos era de "pelo menos 13 pessoas, incluindo 11 crianças"

Ao menos 11 crianças morreram em um ataque aéreo que destruiu uma escola em um vilarejo do norte de Mianmar (AFP/AFP Photo)

Ao menos 11 crianças morreram em um ataque aéreo que destruiu uma escola em um vilarejo do norte de Mianmar (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 20 de setembro de 2022 às 19h29.

Última atualização em 20 de setembro de 2022 às 19h36.

Onze crianças morreram em um ataque aéreo que destruiu uma escola em um vilarejo de Mianmar na última sexta-feira, anunciou hoje o Unicef, enquanto o Exército acusou milícias locais de usarem civis como escudos humanos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou firmemente o ataque, segundo seu porta-voz, o qual especificou que o número de mortos era de "pelo menos 13 pessoas, incluindo 11 crianças".

Mesmo durante os conflitos armados, as escolas devem continuar sendo zonas em que as crianças estejam protegidas, ressaltou Guterres. "Os autores de crimes internacionais cometidos em Mianmar devem prestar contas."

Um vídeo obtido por uma associação local mostra manchas de sangue no chão da escola e o corpo de uma criança envolto em um lençol, ao lado de sua mãe.

"Em 16 de setembro, ao menos 11 crianças morreram em consequência de um ataque aéreo e de tiros indiscriminados em áreas civis, incluindo uma escola em Depeyin, na região de Sagaing", afirmou o Unicef Mianmar. "Ao menos 15 crianças da mesma escola desapareceram. Pedimos a sua libertação imediata e em segurança", acrescentou o órgão da ONU.

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A junta militar birmanesa confirmou nesta terça-feira que "várias pessoas morreram e ficaram feridas no vilarejo" durante uma operação que envolveu diversos helicópteros na sexta-feira passada. O "Tatmadaw" (nome das Forças Armadas birmanesas) acusa as milícias locais de usar civis como escudos humanos e de cometer crimes de guerra. No decorrer da operação, as Forças Armadas também apreenderam 23 minas e oito bombas de fabricação caseira.

A comunidade internacional "deve condenar este ataque e fazer todo o possível para que os culpados prestem contas", reagiu Hassan Noor, diretor para a Ásia da ONG Save the Children.

"Pedimos à Asean [Associação de Nações do Sudeste Asiático] que atue. Quantos incidentes como este devem acontecer antes da adoção de medidas?", acrescentou.

Desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro de 2021 que derrubou a dirigente civil Aung San Suu Kyi, o Exército executa uma repressão violenta contra seus opositores, com quase 2,3 mil civis mortos e mais de 15 mil detidos, segundo uma ONG local.

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