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Assessor de ministro do Turismo é preso em ação sobre laranjas do PSL

A Polícia Federal investiga um suposto esquema de candidaturas laranja do PSL nas eleições do ano passado em Minas Gerais

O assessor e ex-coordenador de campanha do ministro do Turismo foram presos nesta quinta (27) (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

O assessor e ex-coordenador de campanha do ministro do Turismo foram presos nesta quinta (27) (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2019 às 09h47.

Última atualização em 27 de junho de 2019 às 18h39.

Belo Horizonte — A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira, dia 27, Mateus Von Rondon, assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio (PSL), em operação que investiga um suposto esquema de candidaturas laranja pelo partido nas eleições do ano passado em Minas Gerais. Marcelo Álvaro Antonio era presidente da legenda no Estado à época. A prisão ocorreu em Brasília.

Em Minas, a Polícia Federal também prendeu Roberto Silva Soares. Robertinho, como é conhecido, foi preso em Ipatinga, no leste de Minas Gerais. Ele atuava como coordenador da campanha eleitoral de Álvaro Antonio a deputado federal.

A operação foi batizada de Sufrágio Ostentação. As candidaturas laranja teriam sido de mulheres. O objetivo, ainda segundo as investigações, seria o de acessar fundos eleitorais e utilizar os recursos para pagamento de despesas de outras candidaturas.

Entenda o caso

Há cerca de cinco meses, o PSL de MG é investigado por um suposto patrocínio de candidaturas laranjas durante as eleições do ano passado. As suspeitas recaem principalmente sobre o ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que chefiava a sigla no estado naquela época.

Deputado federal mais votado de Minas Gerais no último pleito, com 230 mil votos, ele é acusado de desviar verbas públicas de campanha para empresas ligadas a seu gabinete na Câmara do Deputados.

O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, em 4 de fevereiro, e desde então a permanência no cargo de ministro tem sido cada vez mais questionada.

Desde as primeiras revelações, o presidente Bolsonaro tem dito que é preciso esperar a conclusão das investigações pelas autoridades. Só depois, segundo ele, haverá uma decisão sobre a permanência ou demissão do ministro.

“Vamos aguardar o relatório da Polícia Federal. Só com acusação não vale”, afirmou Bolsonaro, ao observar que denúncias não são suficientes para que ele tome qualquer medida. “Com o relatório em mãos, vamos analisar.” 

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