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As ruas e a indefinição do PT

No final da tarde de hoje, a Avenida Paulista estará fechada para nova manifestação. Desta vez, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, formadas por movimentos sociais como MST, CUT e UNE, vão protestar contra as medidas tomadas pelo governo interino de Michel Temer, como os cortes nos programas sociais, a reforma da […]

RUI FALCÃO: presidente do PT é acusado de estar descolado da realidade pela CUT / Beto Barata / Getty Images
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 06h41.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

No final da tarde de hoje, a Avenida Paulista estará fechada para nova manifestação. Desta vez, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, formadas por movimentos sociais como MST, CUT e UNE, vão protestar contra as medidas tomadas pelo governo interino de Michel Temer, como os cortes nos programas sociais, a reforma da previdência e a desvinculação do orçamento dos gastos nas áreas de Saúde e Educação. O ex-presidente Lula confirmou presença.

De acordo com os organizadores, esta deve ser a maior manifestação realizada contra Michel Temer. Pelo menos 23 cidades devem registrar protestos. Se por um lado o ato pode ser uma amostra de que Dilma ainda resiste, por outro falhou antes mesmo de começar. Durante a semana, o presidente do PT, Rui Falcão, convocou as centrais sindicais para uma paralisação geral em todo o país. Nenhuma delas embarcou e Falcão chegou a ser chamado de “descolado da realidade” pelo presidente da CUT de São Paulo, Douglas Rizzo. As centrais não rejeitaram uma greve geral no futuro.

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Além do desencontro de cabeças dentro do próprio PT, existem outras dúvidas que pairam sobre o processo de impeachment. Cada vez mais senadores se mostram propensos a apoiar a volta se a presidente se comprometer a convocar eleições gerais imediatas, mas o partido da presidente ainda tem dúvidas sobre a questão. Na avaliação de uma corrente interna, seria melhor esperar até 2018 e “sangrar” Temer até lá, na tentativa de aumentar as chances de uma vitória petista. Mas para sangrar o governo Temer, o PT precisa se entender primeiro.

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