O trabalho de resgate em acidente com a Chapecoense em fotos
Imagens mostram e dificuldade das equipes de resgate para ter acesso ao local do acidente que deixou 71 mortos
Talita Abrantes
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 10h43.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 19h50.
São Paulo - 71 pessoas morreram na queda do avião da LaMia que levava jogadores do Chapecoense para a Colômbia, onde o time de Santa Catarinadisputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana.
A aeronave caiu em Cerro Gordo, a cerca de 50 quilômetros de seu destino final em uma região de montanhosa e de difícil acesso. Em determinado momento do dia, as buscas foram suspensas por conta do mau tempo.
Sete pessoas foram resgatadas com vida, mas o goleiro Marcos Danilo Padilha não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. No final da tarde desta terça-feira, as buscas foram encerradas.
No total, 77 pessoas estavam a bordo da aeronave no momento do acidente -- eram68 passageiros brasileiros e nove tripulantes bolivianos.
A lista oficial de passageiros, divulgada pela autoridade da aviação civil colombiana no início da manhã, indicava 81 nomes. No entanto, quatro pessoas que constavam na lista não embarcaram no voo.
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Quem eram os passageiros?
A maior parte dos passageiros era formada por membros da delegação da Chapecoense. Também acompanhava o time um grupo de 21 jornalistas e outros convidados, entre eles o vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto.
Há três jogadores entre os sobreviventes: Alan Luciano Ruschel, Jackson Ragnar Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto. Um jornalista, o repórter Rafael Hensel, da rádio Oeste Capital, e dois tripulantes, a auxiliar de voo Ximena Suárez e o técnico da aeronave, Erwin Tumiri, também sobreviveram. Eles foram encaminhados para hospitais da região.
Qual é o modelo do avião?
A aeronave envolvida no acidente é um Avro Regional Jet85, da companhia venezuelana LaMia, que opera na Bolívia. A aeronave foi fretada pela Chapecoense para fazer o trajeto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para Medellín, na Colômbia.
O avião tinha 17 anos e, recentemente, tinha carregado a seleção argentina para o Brasil para disputar as eliminatórias da Copa do Mundo. O modelo podia atingir até 762 km/h e tinha autonomia de voo para cerca de 3 mil quilômetros com tanque cheio.
Quais as causas para o acidente?
A resposta para isso é incerta. Informações preliminares indicam que não havia sinal de combustível nos destroços.
As autoridades colombianas trabalham com duas hipóteses: a primeira é de que o avião não voava com a reserva de combustível suficiente. A segunda é de que o piloto, ao perceber eventuais falhas mecânicas, teria esvaziado o tanque para que o avião não explodisse com o impacto no chão.
Veja nesse vídeo o momento em que o avião desaparece do radar.