João Doria: prefeito de São Paulo confirmou ter portas abertas no DEM e no PMDB (Ueslei Marcelino/Reuters)
EXAME Hoje
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 06h54.
Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 07h34.
O prefeito paulistano João Doria (PSDB), como de costume, tem agenda cheia nesta sexta-feira. O dia começa às 8h, com encontro no gabinete com o deputado Eduardo Leite (PSDB), e termina só às 19h30, também no gabinete, em conversa com outro deputado, Cezinha Madureira (DEM). No meio do caminho, conversas com executivos de empresas de ensino e computadores. Tudo normal, não fosse por um detalhe. O que importa neste momento, para Doria, é mesmo a negociação de bastidores mirando não a capital paulista, mas sim Brasília.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
O jornal O Estado de S. Paulo revela que tanto o DEM, de Rodrigo Maia, quanto PMDB, de Michel Temer, se aproximaram do prefeito com a possibilidade de lançá-lo ao Planalto em 2018. Temer afirmou, segundo o jornal, que “as portas do PMDB estão abertas” para Doria disputar a presidência no ano que vem. O Planalto nega o convite.
O DEM poderia lançar Doria caso ele não consiga se candidatar pelo PSDB, compondo a chapa com o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho. O objetivo, neste caso, é driblar a baixa popularidade de Doria no Nordeste – o prefeito paulistano visitou Salvador esta semana como parte de seu projeto de ficar mais conhecido acima de Minas Gerais. Acabou recebido por uma chuva de ovos, num episódio que, segundo ele, o deixou “renovado”.
Doria tem dito publicamente que não vai participar de uma competição interna no PSDB contra seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, e nesta quinta-feira voltou a descartar um saída do partido, mas confirmou ter portas abertas no DEM e no PMDB. Na noite de ontem, Doria encontrou Fernando Henrique Cardoso em evento no Fasano, em São Paulo, e o ex-presidente afirmou que, em 2018, a população vai “votar por gente e não por ideias”.
Entre o público do Fasano, claro, Doria teria grandes chances. O duro é levar esse apoio para o resto do país.