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Tem muita coisa que não está dando certo, diz Armínio

Segundo ex-presidente do Banco Central, é preciso reconhecer que tem muita coisa que não está dando certo na política econômica


	Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, durante um encontro com investidores no Rio de Janeiro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, durante um encontro com investidores no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 20h43.

Rio - É preciso reconhecer que tem muita coisa que não está dando certo na política econômica, afirmou nesta quinta-feira, 9, o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, em debate na GloboNews.

"Acredito que o modelo que temos hoje aqui fracassou. Ele está esticando a corda. A economia está com uma situação fiscal muito preocupante, perdeu transparência, o governo vem adotando critérios cada vez mais flexíveis de contabilidade. É um quadro que precisamos corrigir", afirmou Arminio.

A economia mundial vem se recuperando, mas o Brasil é um dos países que crescem menos, afirmou Fraga.

"Não é uma recuperação pujante, mas a economia mundial vem se recuperando. E nós, desses países que crescem de zero a 7%, estamos no zero. Então minha preocupação é que o Brasil tem que trabalhar para ficar acima da média", afirmou, lembrando que o Brasil é um país em desenvolvimento.

Armínio criticou ainda o uso dos bancos públicos pelo governo.

"Bancos públicos têm o seu papel, mas sinto falta é de mais critério. Entendo um banco público fazendo programa emergencial, acho que isso é perfeito. Não entendo gastar dinheiro com Petrobras, grandes empresas privadas, com acesso ao mercado", afirmou o economista.

Segundo ele, a infraestrutura é uma barreira ao crescimento no Brasil e devia ser uma grande oportunidade, afirmou o ex-presidente do BC.

"Muito dinheiro foi distribuído a preço subsidiado para empresas e tudo mais. O fato é que o investimento está caindo, esse é o fato concreto. Então acho que está precisando haver um modelo que gere juro mais baixo para todo mundo, não só para quem toma dinheiro no BNDES", afirmou.

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