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Argentina diz que respeita processo institucional no Brasil

A Argentina “continuará dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional”

Maurício Macri: a Argentina “continuará dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional” (Enrique Marcarian/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 11h16.

Buenos Aires- O governo argentino emitiu nesta quinta-feira (12) um breve comunicado para dizer que “respeita o processo institucional” no Brasil e que confia “que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia brasileira”.

A nota diz que a Argentina “continuará dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional”.

Desde que assumiu, há cinco meses, o presidente da Argentina, Mauricio Macri tem assumido uma postura cautelosa em relação à crise no Brasil, evitando se manifestar sobre a politica interna.

Sempre que perguntado, ele tem mostrado o desejo de que “o principal sócio estratégico” argentino se recupere rapidamente – até porque, os acontecimentos no pais vizinho repercutem na economia regional.

Muito diferente foi a postura de Macri em relação à Venezuela que, como o Brasil, integra o Mercosul – bloco econômico regional formado também por Argentina, Uruguai e Paraguai.

Desde que conquistou a maioria no Congresso, em dezembro passado, a oposição venezuelana está se articulando para convocar um referendo revogatório – mecanismo constitucional para encurtar o mandato do presidente Nicolás Maduro, que vence em 2019.

Na primeira entrevista a correspondentes estrangeiros em Buenos Aires, no último dia 6 de maio, Macri evitou falar na crise brasileira, mas disse que a Venezuela “não pode continuar” do jeito que está, com uma inflação anual de 700%, uma crise energética e desabastecimento.

E fez um apelo a Maduro, para que negocie com a oposição um “processo de transição”.

Na América Latina, os sites de muitos dos principais jornais acompanharam a votação no Senado brasileiro ao vivo – através do link da TV Senado.

O afastamento da presidenta Dilma Rousseff e o perfil de Michel Temer, que assume como presidente interino, foram manchete.Na Argentina, o jornal Clarín descreve Temer como “um líder que sabe se mover nos bastidores do poder”.

Para o jornal La Nación, Temer é “um líder calculador e hábil”. Para o jornal Página 12, ele é autor do “golpe contra Dilma” e “o homem dos dois por cento” (porcentagem de apoio que ele teria obtido em recentes pesquisas de opinião).

Todos coincidem em dizer que o novo governo enfrentará dificuldades, tanto políticas, quanto econômicas.

Na Venezuela, a crise econômica e politica do próprio pais foi manchete. O canal de televisão Telesur, que também acompanhou passo a passo a votação, disse que houve um “golpe a democracia” brasileira.

O jornal chileno El Mercurio também deu o afastamento de Dilma como manchete, junto com matéria explicando que “60% dos senadores brasileiros têm causas pendentes na Justiça”.

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Buenos Aires- O governo argentino emitiu nesta quinta-feira (12) um breve comunicado para dizer que “respeita o processo institucional” no Brasil e que confia “que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia brasileira”.

A nota diz que a Argentina “continuará dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional”.

Desde que assumiu, há cinco meses, o presidente da Argentina, Mauricio Macri tem assumido uma postura cautelosa em relação à crise no Brasil, evitando se manifestar sobre a politica interna.

Sempre que perguntado, ele tem mostrado o desejo de que “o principal sócio estratégico” argentino se recupere rapidamente – até porque, os acontecimentos no pais vizinho repercutem na economia regional.

Muito diferente foi a postura de Macri em relação à Venezuela que, como o Brasil, integra o Mercosul – bloco econômico regional formado também por Argentina, Uruguai e Paraguai.

Desde que conquistou a maioria no Congresso, em dezembro passado, a oposição venezuelana está se articulando para convocar um referendo revogatório – mecanismo constitucional para encurtar o mandato do presidente Nicolás Maduro, que vence em 2019.

Na primeira entrevista a correspondentes estrangeiros em Buenos Aires, no último dia 6 de maio, Macri evitou falar na crise brasileira, mas disse que a Venezuela “não pode continuar” do jeito que está, com uma inflação anual de 700%, uma crise energética e desabastecimento.

E fez um apelo a Maduro, para que negocie com a oposição um “processo de transição”.

Na América Latina, os sites de muitos dos principais jornais acompanharam a votação no Senado brasileiro ao vivo – através do link da TV Senado.

O afastamento da presidenta Dilma Rousseff e o perfil de Michel Temer, que assume como presidente interino, foram manchete.Na Argentina, o jornal Clarín descreve Temer como “um líder que sabe se mover nos bastidores do poder”.

Para o jornal La Nación, Temer é “um líder calculador e hábil”. Para o jornal Página 12, ele é autor do “golpe contra Dilma” e “o homem dos dois por cento” (porcentagem de apoio que ele teria obtido em recentes pesquisas de opinião).

Todos coincidem em dizer que o novo governo enfrentará dificuldades, tanto políticas, quanto econômicas.

Na Venezuela, a crise econômica e politica do próprio pais foi manchete. O canal de televisão Telesur, que também acompanhou passo a passo a votação, disse que houve um “golpe a democracia” brasileira.

O jornal chileno El Mercurio também deu o afastamento de Dilma como manchete, junto com matéria explicando que “60% dos senadores brasileiros têm causas pendentes na Justiça”.

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