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Argentinos e alemães já começam a invadir o Rio

Prefeitura calcula receber 70 mil torcedores da Argentina até o fim de semana, enquanto o governo estadual prevê a visita de até 100 mil

Torcedores da Argentina assistem à partida da semifinal na praia de Copacabana (Jorge Silva/Reuters)

Torcedores da Argentina assistem à partida da semifinal na praia de Copacabana (Jorge Silva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 20h49.

Rio - Os argentinos estão invadindo o Rio. Para todo lugar que se olha na cidade, lá está um torcedor com a camisa azul e branca da seleção de Messi.

Nesta quinta-feira, mesmo debaixo de chuva, um grupo desfilava de carro em Copacabana, na zona sul, exibindo bandeiras e taças do Mundial.

A prefeitura calcula receber 70 mil torcedores da Argentina até o fim de semana, enquanto o governo estadual prevê a visita de até 100 mil.

Os argentinos já estão concentrados no Terreirão do Samba e na Praça da Apoteose.

Alguns vieram de São Paulo, onde foi disputada a semifinal de quarta-feira contra a Holanda, e outros já estavam no Rio, mas há uma quantidade significativa de torcedores que partiram direto da Argentina.

É o caso de Luciano Mangone, de 18 anos, que chegou à cidade na manhã desta quinta, com seis amigos de Mar del Plata, para acompanhar a final da Copa.

"Acho que pode ser um outro Maracanazo, mas desta vez com a Argentina campeã. Por isso viemos para cá", disse ele, enquanto montavam uma barraca no Terreirão.

Além das barracas, no espaço havia motorhomes que transportavam famílias inteiras.

Guilhermo Dowbley, de 37 anos, aproveitou a Copa para viajar com os filhos Lucas, de 12 anos, Amaranta, de 6 anos, e Zoe, de 4 anos, e outros oito adultos no "Flor de Bondi", um veículo de 50 anos.

Desde as oitavas de final, Dowbley e o amigo Gastón Gevodan, de 36 anos, tentam comprar ingressos no site da Fifa para alguma partida da Argentina, sem sucesso.

Há dez dias na cidade, aproveitaram para fazer programas gratuitos com as crianças. "Vamos à praia de Copacabana, parques e museus. O Mundial é um evento cultural, o que é muito bom para as crianças", afirmou Genodan.

A um quilômetro dali, na Praça da Apoteose, Beto Reynoso, de 59 anos, viajou por 54 horas de Buenos Aires até o Rio com 22 adolescentes amigos do filho Tomás, de 18 anos, e outros dois adultos que revezavam na direção do ônibus.

Eles chegaram na noite de quarta-feira e assistiram à partida contra a Holanda na Fan Fest, de Copacabana, na zona sul da cidade.

Sobre a partida contra a Alemanha, no domingo, no Maracanã, ele acredita que será diferente do jogo contra o Brasil, quando os alemães golearam por 7 a 1 na semifinal de terça-feira.

"Os brasileiros estavam despreparados e os alemães aproveitaram isso para fazer sete gols. Mas eu acredito que vamos vencer com um gol Mascherano", afirmou Reynoso.

Alemanha

Até o fim de semana são esperados 20 mil alemães no Rio. Hospedado em Ipanema, na zona sul da cidade, Sascha Rinne, de 40 anos, chegou na manhã desta quinta-feira com dois amigos, exclusivamente para a assistir à final no Maracanã.

Apesar de ter chegado em um dia chuvoso, ele foi categórico: "Não vim pelo clima, mas para ganhar a Copa". O grupo comprou os ingressos nos primeiros lotes da Fifa, com a certeza de que a seleção faria uma ótima campanha.

"Será uma partida difícil, mas este é o ano para nós ganharmos", avisou.

Já para Oliver Pocher, de 36 anos, a seleção alemã pode ser traída pelo excesso de autoconfiança. "Todo mundo acha que podemos ganhar, mas será um jogo muito perigoso e equilibrado.

De qualquer forma, sempre jogamos bem contra a Argentina", disse. Ele ainda se desculpou pela partida contra o Brasil e desejou que a seleção brasileira se reorganize e vença a Holanda na disputa do terceiro lugar, neste sábado, em Brasília.

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