Argello quis propina para barrar curso de CPI, diz Almada
“Numa reunião de sócios foi pedida uma quantia de R$ 5 milhões para que nós não fossemos chamados dentro do processo CMPI da Petrobras", diz ex-vice da Engevix
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2016 às 17h31.
Em depoimento como testemunha de acusação em uma ação penal da Lava Jato , o ex-vice-presidente da empreiteira Engevix Gerson Almada confirmou hoje (21) que conversou com um sócio da empreiteira, José Antunes Sobrinho, sobre pedido de propina feito pelo ex-senador Gim Argello para evitar a convocação de executivos da empresa para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras .
“Ele [Sobrinho] falou sobre esse assunto em duas oportunidades comigo. Por telefone, falou exatamente estas palavras que eu anotei até numa ata pessoal, ata de reunião, ligou dizendo que a OAS iria coordenar uma arrecadação. Isso foi uma informação que ele deu”, disse Almada no depoimento ao responder uma pergunta de um representante do Ministério Público Federal (MPF).
“E depois, mais para frente, ele, numa reunião de sócios, explicou que estava sendo pedido para ele uma quantia de R$ 5 milhões pelo senador Gim Argello, para que nós não fossemos chamados dentro do processo CMPI da Petrobras. O que nós não concordamos”, acrescentou em outro trecho do depoimento, que durou pouco mais de nove minutos.
Segundo Almada, a Engevix não fez o pagamento solicitado pelo então senador. O executivo disse ainda que não conversou com Gim Argello sobre a CPI nem recebeu telefonemas do ex-parlamentar para marcação de reuniões.
Em maio deste ano, o juiz Federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, recebeu denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o Argello e mais oito pessoas. O ex-senador foi preso em abril deste ano durante a 28º fase da operação.
De acordo com a denúncia, o ex-senador, em parceria com dirigentes das empreiteiras, negociaram vantagens indevidas para obstruir os trabalhos das CPIs instaladas no Senado e na Câmara dos Deputados para investigar atos ilícitos contra a Petrobras.
Segundo as investigações, houve pagamento de propina para evitar a convocação de empreiteiros para depôr nas comissões, envolvendo as empresas UTC, OAS, Toyo Setal e Odebrecht.
Argello teria pedido propina também às empresas Andrade Gutierrez, Engevix e Camargo Côrrea, que não aceitaram o pedido. A reportagem da Agência Brasil procurou a assessoria de imprensa da OAS, citada no depoimento de Almada, e aguarda retorno.
Em depoimento como testemunha de acusação em uma ação penal da Lava Jato , o ex-vice-presidente da empreiteira Engevix Gerson Almada confirmou hoje (21) que conversou com um sócio da empreiteira, José Antunes Sobrinho, sobre pedido de propina feito pelo ex-senador Gim Argello para evitar a convocação de executivos da empresa para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras .
“Ele [Sobrinho] falou sobre esse assunto em duas oportunidades comigo. Por telefone, falou exatamente estas palavras que eu anotei até numa ata pessoal, ata de reunião, ligou dizendo que a OAS iria coordenar uma arrecadação. Isso foi uma informação que ele deu”, disse Almada no depoimento ao responder uma pergunta de um representante do Ministério Público Federal (MPF).
“E depois, mais para frente, ele, numa reunião de sócios, explicou que estava sendo pedido para ele uma quantia de R$ 5 milhões pelo senador Gim Argello, para que nós não fossemos chamados dentro do processo CMPI da Petrobras. O que nós não concordamos”, acrescentou em outro trecho do depoimento, que durou pouco mais de nove minutos.
Segundo Almada, a Engevix não fez o pagamento solicitado pelo então senador. O executivo disse ainda que não conversou com Gim Argello sobre a CPI nem recebeu telefonemas do ex-parlamentar para marcação de reuniões.
Em maio deste ano, o juiz Federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, recebeu denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o Argello e mais oito pessoas. O ex-senador foi preso em abril deste ano durante a 28º fase da operação.
De acordo com a denúncia, o ex-senador, em parceria com dirigentes das empreiteiras, negociaram vantagens indevidas para obstruir os trabalhos das CPIs instaladas no Senado e na Câmara dos Deputados para investigar atos ilícitos contra a Petrobras.
Segundo as investigações, houve pagamento de propina para evitar a convocação de empreiteiros para depôr nas comissões, envolvendo as empresas UTC, OAS, Toyo Setal e Odebrecht.
Argello teria pedido propina também às empresas Andrade Gutierrez, Engevix e Camargo Côrrea, que não aceitaram o pedido. A reportagem da Agência Brasil procurou a assessoria de imprensa da OAS, citada no depoimento de Almada, e aguarda retorno.