Apuração aponta rede de contas para propinas na Suíça
Segundo investigações na Suíça, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque mantinha uma offshore, que usava para pagamentos
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de maio de 2017 às 09h04.
Genebra - Ex-diretores da Petrobras mantiveram na Suíça , segundo apontam autoridades do país, uma rede de contas em mais de uma dezena de bancos, o que permitiu a movimentação por anos de propinas a diversos beneficiários. A primeira delas teria sido aberta em 1997.
Segundo as investigações na Suíça, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque mantinha uma offshore, a Drenos, e a partir dessa conta distribuía pagamentos.
Ele também controlava outra conta no banco Julius Baer. Já o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco abriu um total de 19 contas em nove bancos na Suíça para receber propinas.
As investigações apontam que Barusco criou uma offshore, a Tropez Real State, e uma conta em seu nome, em 2004. Dez anos depois, essa conta foi fechada com US$ 13,5 milhões.
Desse total, US$ 8,7 milhões eram de propinas, principalmente da empresa holandesa SBM. Em março de 2014, ele tentou fazer mais uma série de transferências.
Mas com as investigações já em andamento, os suíços o impediram e bloquearam os valores.
Barusco ainda indicou que, para a abertura das contas na Suíça, utilizou os serviços do mesmo intermediário que teria ajudado Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e que teve US$ 23 milhões bloqueados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.