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Aprovar a reforma da Previdência neste ano é difícil, diz Bolsonaro

Em entrevista, Bolsonaro também defendeu que a política ambiental não pode atrapalhar o desenvolvimento econômico

Bolsonaro: presidente eleito fez a avaliação de que aprovar a reforma da Previdência neste ano será muito difícil (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 11h02.

Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que espera definir na próxima semana os demais nomes que vão compor seu ministério e fez a avaliação de que aprovar a reforma da Previdência neste ano será muito difícil.

Em entrevista a jornalistas na sede da transição de governo em Brasília, Bolsonaro também defendeu que a política ambiental não pode atrapalhar o desenvolvimento econômico.

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"Semana que vem saem os demais ministérios", disse Bolsonaro aos jornalistas ao lado do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O presidente eleito foi indagado sobre a decisão anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira do governo brasileiro de desistir de sediar a próxima COP-25, a Conferência das Partes sobre mudanças climáticas, prevista para novembro de 2019, alegando dificuldades orçamentárias.

Bolsonaro afirmou que a decisão coube ao governo do presidente Michel Temer, mas afirmou que recomendou ao seu futuro chanceler, Ernesto Araújo, que evitasse a realização do evento pelo Brasil.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro ameaçou sair do Acordo de Paris sobre o clima, assinado ainda no governo de Dilma Rousseff, mas ratificado em 2016, já no governo Temer --que comemorou ser o primeiro presidente a depositar a ratificação na ONU.

Araújo também não mostra apreço pelo tema. Em um dos textos em seu blog, ele afirma que há um "alarmismo climático" e que se criou um "dogma" do aquecimento global, "apesar das evidências em contrário".

Mais cedo, foram anunciados os futuros ministros do Desenvolvimento Regional, que englobará Cidades e Integração Nacional e será comandado por Gustavo Canuto; da Cidadania, que unirá Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura e terá o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) à frente, e Turismo, que terá como titular o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).

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