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Aprovação automática não estava dando certo, diz Haddad

Prefeito afirmou que o modelo de educação da rede municipal não estava acompanhando o aprendizado dos alunos

Sala de aula: proposta de reforma altera a divisão de ciclos, permitindo reprovação em cinco séries (Tiago Lubambo/Pick Imagem)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 21h33.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira que o modelo de educação da rede municipal não estava acompanhando o aprendizado dos alunos. "A chamada aprovação automática não estava dando certo, razão pela qual 38% das crianças chegam aos 10 anos sem ler e escrever, analfabetas, É quase metade das crianças", disse ele durante lançamento do programa de reestruturação da área realizada pela Prefeitura.

A proposta de reforma altera a divisão de ciclos, permitindo reprovação em cinco séries - não mais em duas, como é hoje -, além de criar a recuperação de alunos nas férias e a possibilidade de se carregar dependência. Também implementa a obrigatoriedade da lição de casa, provas bimestrais e notas de 0 a 10, não mais por conceitos.

"É um acompanhamento diário para suprir deficiências. Hoje a gente deixa tudo para o final", diz Haddad. A nova diretriz, que será implementada na rede a partir do ano que vem, está aberta para consulta pública até o dia 15 de setembro. O prefeito afirmou que, além do período de consulta, o programa poderá ser melhorado. "Certamente boas ideias virão e as que puderem ser acolhidas, serão", disse. Segundo o prefeito, o programa levou 6 meses para ficar pronto. "Temos que apresentar alguma coisa discutível. É a ideia com começo meio e fim, para respeitar o interlocutor."

Com o novo projeto, a rede municipal passa a ter três ciclos, e não mais dois. Antes, a possibilidade de repetência se concentrava apenas no 5º e 9º ano. Agora a retenção pode acontecer nos 3º, 6º, 7º, 8º e 9º anos. Educadores temem por aumento nas taxas de retenção, que tendem a resultar em maior abandono escolar.

O secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, nega essa possibilidade, mas aponta uma nova realidade da rede. "Eu quero dizer que se não estudar, não vai para frente. Educação é trabalho para criança, para o jovem, para todos nós educadores", diz ele. "Se o aluno tem dificuldade, temos obrigação de apoiar. Enxergar as dificuldades no tempo certo e apoiá-los no seu desenvolvimento é o compromisso da secretaria de Educação."

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São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira que o modelo de educação da rede municipal não estava acompanhando o aprendizado dos alunos. "A chamada aprovação automática não estava dando certo, razão pela qual 38% das crianças chegam aos 10 anos sem ler e escrever, analfabetas, É quase metade das crianças", disse ele durante lançamento do programa de reestruturação da área realizada pela Prefeitura.

A proposta de reforma altera a divisão de ciclos, permitindo reprovação em cinco séries - não mais em duas, como é hoje -, além de criar a recuperação de alunos nas férias e a possibilidade de se carregar dependência. Também implementa a obrigatoriedade da lição de casa, provas bimestrais e notas de 0 a 10, não mais por conceitos.

"É um acompanhamento diário para suprir deficiências. Hoje a gente deixa tudo para o final", diz Haddad. A nova diretriz, que será implementada na rede a partir do ano que vem, está aberta para consulta pública até o dia 15 de setembro. O prefeito afirmou que, além do período de consulta, o programa poderá ser melhorado. "Certamente boas ideias virão e as que puderem ser acolhidas, serão", disse. Segundo o prefeito, o programa levou 6 meses para ficar pronto. "Temos que apresentar alguma coisa discutível. É a ideia com começo meio e fim, para respeitar o interlocutor."

Com o novo projeto, a rede municipal passa a ter três ciclos, e não mais dois. Antes, a possibilidade de repetência se concentrava apenas no 5º e 9º ano. Agora a retenção pode acontecer nos 3º, 6º, 7º, 8º e 9º anos. Educadores temem por aumento nas taxas de retenção, que tendem a resultar em maior abandono escolar.

O secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, nega essa possibilidade, mas aponta uma nova realidade da rede. "Eu quero dizer que se não estudar, não vai para frente. Educação é trabalho para criança, para o jovem, para todos nós educadores", diz ele. "Se o aluno tem dificuldade, temos obrigação de apoiar. Enxergar as dificuldades no tempo certo e apoiá-los no seu desenvolvimento é o compromisso da secretaria de Educação."

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