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Após suspensão de Del Nero, coronel Nunes assume a CBF

Suspensão anunciada hoje pela Fifa terá uma duração de 90 dias e obriga Del Nero a deixar a presidência da confederação

CBF: Nunes foi eleito vice-presidente no início do ano passado em uma manobra de Marco Polo Del Nero (REUTERS/Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 12h15.

São Paulo - Antonio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, vai assumir a presidência da CBF . Na manhã desta sexta-feira, o presidente Marco Polo Del Nero foi suspenso de forma provisória pelo Comitê de Ética da Fifa por suspeita de corrupção.

A suspensão terá uma duração de 90 dias e obriga Del Nero a deixar a presidência.

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Presidente da Federação Paraense de Futebol por seis mandatos e coronel da reserva da Polícia Militar do Pará, o coronel Nunes é investigado pelo Ministério Público do Pará pela sua atuação como mandatário da entidade que dirigiu.

Em 2011, 2012 e 2013, a entidade recebeu quase R$ 3,5 milhões de verba pública. Os promotores querem saber como o dirigente gastou esse dinheiro.

O Governo do Estado, como patrocinador do Campeonato Paraense, pediu a prestação de contas da federação por meio do Ministério Público, para confirmar se todo o dinheiro era realmente investido no futebol.

À época, o coronel Nunes havia feito uma prestação de contas incompleta.

O Governo do Pará e a Federação Paraense assinaram um convênio que garante o repasse de mais de R$ 8 milhões à entidade.

Nunes assume a presidência por ser o mais velho entre os quatro vice-presidentes da CBF, seguindo a regra do estatuto da CBF - ele tem 79 anos. Os outros são Fernando Sarney, Gustavo Feijó e Marcus Antônio Vicente.

Nunes foi eleito vice-presidente da CBF pela região sudeste no início do ano passado em uma manobra de Marco Polo Del Nero.

A escolha serviu para tirar da linha sucessória o então opositor Delfim de Pádua Peixoto Filho, que acabou falecendo na tragédia aérea que vitimou 71 pessoas na viagem da Chapecoense para a Colômbia no final do ano passado.

Na época, Delfim, então presidente da Federação Catarinense de Futebol, teria o direito de assumir a presidência, pois o estatuto estabelece que, em caso de vacância, quem assume é o vice mais velho.

Nunes já foi presidente interino da CBF em 2016, quando Del Nero pediu licença do cargo para se defender de acusações de corrupção.

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