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Após ser hostilizado em voo, Gilmar usa avião da FAB para Cuiabá

Nos registros da FAB, o deslocamento consta como "à disposição do Ministério da Defesa Transporte do Presidente do TSE"

Gilmar Mendes: a assessoria de Gilmar negou que ele tenha optado por viajar num avião da FAB por segurança (Evaristo Sá/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 18h14.

Brasília - Após ser hostilizado em um voo comercial durante o final de semana, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes , utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), na última segunda-feira, 29, para viajar de Cuiabá (MT) a São Paulo (SP).

Nos registros da FAB, o deslocamento consta como "à disposição do Ministério da Defesa Transporte do Presidente do TSE".

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Segundo as informações públicas, ele saiu da capital do Mato Grosso às 13h05 e chegou a São Paulo às 17h30. O motivo, porém, não foi informado, embora em outros casos sejam apresentadas justificativas padronizadas como "serviço", "serviço/segurança" e "residência".

Segundo a assessoria de imprensa de Gilmar, ele precisou utilizar o avião da FAB para cumprir compromisso oficial no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em São Paulo, que ocorreria a partir das 17h de segunda-feira.

A companhia aérea Latam, no entanto, possui um voo diário que sairia às 13h37 e chegaria antes deste horário, às 16h50 - o horário de chegada previsto pela companhia também ocorreria 40 minutos antes do horário de pouso registrado pela FAB.

A assessoria de Gilmar negou que ele tenha optado por viajar num avião da FAB por questões de segurança e destacou que no dia seguinte, terça-feira, ele utilizou um voo comercial para retornar a Brasília. Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa não se manifestou até a publicação deste texto.

No sábado, 27, passageiros de um voo de Brasília a Cuiabá gritaram "fora, Gilmar, fora, Gilmar". Ele foi questionado se iria "soltar o Lula, também" - o ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado na Lava Jato, mas pode recorrer em liberdade. O ministro não respondeu às vaias e provocações.

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