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Após retirar IPTU de pauta, vereador tem igreja lacrada

Igreja Bola de Neve Church na Pompeia foi lacrada duas horas após Eduardo Tuma retirar da pauta proposta de aumento do IPTU da gestão Haddad


	Vista aérea dos bairros Barra Funda e Pompéia: bancada do PSDB ameaça neste momento entrar com representação contra o prefeito Haddad
 (Rogerio Montenegro/Veja SP)

Vista aérea dos bairros Barra Funda e Pompéia: bancada do PSDB ameaça neste momento entrar com representação contra o prefeito Haddad (Rogerio Montenegro/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 20h53.

São Paulo - A igreja Bola de Neve Church na Pompeia, na zona oeste de São Paulo, foi lacrada pela Prefeitura nesta quarta-feira, 09, duas horas após seu líder, o vereador Eduardo Tuma (PSDB), retirar da pauta da Câmara Municipal a proposta de aumento do IPTU da gestão do prefeito Fernando Haddad, em sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizada no início da tarde.

Na ocasião Tuma também pediu vistas ao projeto que revisa o atual Plano Diretor. Em seguida, o tucano bateu boca de forma ríspida com o líder de governo Arselino Tatto (PT), que queria manter tanto a proposta do IPTU como do Plano Diretor em trâmite nas comissões da Casa. À tarde, o templo da Bola de Neve na Rua Turiaçu, onde Tuma é liderança evangélica, foi fechado pela fiscalização da Subprefeitura da Lapa.

"Vemos aqui que temos a mais velha prática do chavismo ou do Regime Absolutista, onde ninguém pode discordar de um déspota. Fui vítima de retaliação. Até o evento que eu vou fazer na igreja com 3 mil famílias no sábado, e que já havia sido autorizado pela Prefeitura, agora foi proibido", argumentou Tuma.

A bancada do PSDB ameaça neste momento entrar com representação contra o prefeito Haddad. "Isso é um escândalo. É uma prática ditatorial como nunca vimos nesta cidade", afirmou Floriano Pesaro, líder do PSDB, em sessão tumultuada que ocorre no início da noite desta quarta no Palácio Anchieta.

As acusações dos tucanos, feitas no plenário, foram rebatidas pelo líder da bancada do PT, vereador Alfredinho. "Já conversei com o João (Antonio, secretário de Relações Governamentais) e não aconteceu nada disso. Era uma fiscalização que já estava programada", argumentou o petista, que bateu boca com o tucano Coronel Telhada (PSDB) no plenário. "Ele fez uma suposição que não tem como provar. O governo jamais faria isso", acrescentou.

Tuma, líder da Frente Parlamentar Cristã da Câmara, que reúne 17 dos 55 vereadores paulistanos, recebeu apoio de outros líderes evangélicos da base governista, todos também revoltados contra o fechamento da igreja Bola de Neve da Pompeia. Jean Madeira (PRB), David Soares e Sandra Tadeu (DEM) falaram que questionariam o governo sobre a fiscalização.

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