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Após protestos, policiais acompanham demolições em favela

Batalhão de Choque acompanha demolição de casas na Favela do Metrô, na zona norte do Rio

Favelas no RJ: moradores protestam contra a derrubada das residências para a construção de um polo automotivo (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 09h15.

Rio de Janeiro - Policiais militares do Batalhão de Choque acompanham hoje (9) o trabalho de demolição de casas na Favela do Metrô, na zona norte do Rio.

Desde terça-feira (7), moradores protestam contra a derrubada das residências para a construção de um polo automotivo e de um centro comunitário multimídia, chamado pela prefeitura de Nave do Conhecimento.

Os policiais chegaram à comunidade na noite de ontem (8), por volta das 21h, após uma tentativa dos moradores de fechar a Radial Oeste em protesto.

A avenida passa em frente à comunidade e é um dos principais acessos da zona norte ao centro da cidade.

De acordo com a Polícia Militar , chegou a ocorrer um princípio de confusão, mas ela foi contida.

Os policiais permaneceram durante a madrugada na comunidade e agora acompanham o trabalho da subprefeitura da zona norte em conjunto com as secretarias municipais de Conservação e de Obras.

A circulação de trens na Linha 2 do metrô (Pavuna-Botafogo) foi interrompida por cerca de 12 minutos, às 8h da manhã de hoje, por causa de objetos atirados na ferrovia. De acordo com a assessoria de imprensa da Metrô Rio, até paralelepípedos e cadeiras foram jogados nos trilhos, entre as estações Triagem e São Cristóvão, e a polícia foi acionada.

No momento, os trens circulam em intervalos irregulares.


A prefeitura informa que o trabalho de demolição começou em 2010, com o cadastramento e a indenização das famílias que moravam no local, para realocação em conjuntos habitacionais nas zonas norte e oeste e pagamento de aluguel social.

Segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, depois disso outras pessoas ocuparam as casas que já tinham sido desapropriadas.

Os atuais moradores reivindicam as mesmas compensações que os antigos ou a permanência nas casas. Wellington Quirino de Oliveira veio com a família da Paraíba há cerca de seis meses e conta que foi morar na comunidade por indicação de um amigo, até conseguir se estabelecer na cidade.

Ele trabalha como auxiliar de limpeza em um hotel no centro da cidade e ganha cerca de R$ 900 por mês. "Conversei com eles e ganhei dois dias para arrumar as coisas. Mesmo assim, não sei o que vou fazer", disse Oliveira, que juntava os pertences em casa com a ajuda dos dois filhos enquanto os vizinhos protestavam.

Uma idosa, que preferiu ser identificada apenas como Maria, também contou que foi morar há pouco tempo na comunidade, porque o filho ficou desempregado e a família não teve mais como pagar o aluguel da casa em que moravam. "A gente não tem mais para onde ir agora. Ou a gente fica aqui ou vai para debaixo da ponte".

O subprefeito diz que os moradores que não dispuserem de outro local para morar poderão ir para abrigos municipais.

A Favela do Metrô ocupa uma estreita faixa entre a Avenida Radial Oeste e a linha férrea do ramal Santa Cruz, em frente à Universidade do Estado do Rio de Janeiro e próxima ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.

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Rio de Janeiro - Policiais militares do Batalhão de Choque acompanham hoje (9) o trabalho de demolição de casas na Favela do Metrô, na zona norte do Rio.

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Os policiais chegaram à comunidade na noite de ontem (8), por volta das 21h, após uma tentativa dos moradores de fechar a Radial Oeste em protesto.

A avenida passa em frente à comunidade e é um dos principais acessos da zona norte ao centro da cidade.

De acordo com a Polícia Militar , chegou a ocorrer um princípio de confusão, mas ela foi contida.

Os policiais permaneceram durante a madrugada na comunidade e agora acompanham o trabalho da subprefeitura da zona norte em conjunto com as secretarias municipais de Conservação e de Obras.

A circulação de trens na Linha 2 do metrô (Pavuna-Botafogo) foi interrompida por cerca de 12 minutos, às 8h da manhã de hoje, por causa de objetos atirados na ferrovia. De acordo com a assessoria de imprensa da Metrô Rio, até paralelepípedos e cadeiras foram jogados nos trilhos, entre as estações Triagem e São Cristóvão, e a polícia foi acionada.

No momento, os trens circulam em intervalos irregulares.


A prefeitura informa que o trabalho de demolição começou em 2010, com o cadastramento e a indenização das famílias que moravam no local, para realocação em conjuntos habitacionais nas zonas norte e oeste e pagamento de aluguel social.

Segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, depois disso outras pessoas ocuparam as casas que já tinham sido desapropriadas.

Os atuais moradores reivindicam as mesmas compensações que os antigos ou a permanência nas casas. Wellington Quirino de Oliveira veio com a família da Paraíba há cerca de seis meses e conta que foi morar na comunidade por indicação de um amigo, até conseguir se estabelecer na cidade.

Ele trabalha como auxiliar de limpeza em um hotel no centro da cidade e ganha cerca de R$ 900 por mês. "Conversei com eles e ganhei dois dias para arrumar as coisas. Mesmo assim, não sei o que vou fazer", disse Oliveira, que juntava os pertences em casa com a ajuda dos dois filhos enquanto os vizinhos protestavam.

Uma idosa, que preferiu ser identificada apenas como Maria, também contou que foi morar há pouco tempo na comunidade, porque o filho ficou desempregado e a família não teve mais como pagar o aluguel da casa em que moravam. "A gente não tem mais para onde ir agora. Ou a gente fica aqui ou vai para debaixo da ponte".

O subprefeito diz que os moradores que não dispuserem de outro local para morar poderão ir para abrigos municipais.

A Favela do Metrô ocupa uma estreita faixa entre a Avenida Radial Oeste e a linha férrea do ramal Santa Cruz, em frente à Universidade do Estado do Rio de Janeiro e próxima ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.

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