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Após protestos, Picciani exclui aumento da Previdência no Rio

A medida já havia sido considerada inconstitucional pelo desembargador Custódio de Barros, que concedeu medida liminar suspendendo-a

Alerj: a medida foi anunciada no dia seguinte à invasão da Assembleia por milhares de servidores, liderados por policiais, bombeiros e agentes penitenciários (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 17h56.

Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 19h29.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), anunciou nesta quarta-feira, 9, que vai retirar do pacote de ajuste fiscal do governo do Estado a proposta de institui, provisoriamente, alíquota adicional de contribuição previdenciária de 16% sobre a remuneração dos servidores ativos e inativos e a eleva para 30% para inativos que ganham até R$ 5.189,22.

A medida já havia sido considerada inconstitucional pelo desembargador Custódio de Barros Tostes, que na noite de terça-feira, 8, concedeu medida liminar suspendendo-a.

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"Conversei com deputados de diversos partidos e já comuniquei a decisão ao secretário de Governo. Isso (o aumento das contribuições) causaria uma grave crise social", disse Picciani.

A medida foi anunciada no dia seguinte à invasão da Assembleia por milhares de servidores, liderados por policiais, bombeiros e agentes penitenciários, em protesto contra a medida.

Nesta quarta-feira, Picciani vai anunciar um calendário de discussões das 21 medidas restantes no pacote do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) que chegou na Alerj na sexta-feira passada, 4.

Os debates vão do próximo dia 16 ao dia 30. Nesse período, serão aparentadas pelos deputados emendas aos projetos do Executivo.

Na tarde desta quarta, servidores das áreas de educação e saúde, entre outras, fazem protesto na porta da Alerj para pressionar a Casa a votar contra o pacote. Na invasão de ontem, houve danos ao patrimônio. Nesta quarta, o policiamento - que na véspera não reprimiu a manifestação dos colegas, em alguns casos recebidos com abraços e palavras de solidariedade - foi bastante reforçado.

"Não vai ser na base da violência nem da força física que vão impedir o parlamento de funcionar. Somos um poder desarmado. O parlamento não se curva a isso", afirmou o presidente.

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