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Após polêmica sobre salário, ministra diz que é "pobre"

Em discurso, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), disse ser "preta, pobre e da periferia"

Luislinda Valois: polêmica inicial surgiu após insatisfação da ministra sobre seu salário (PSDB-MG/Fotos Públicas/Fotos Públicas)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 13h16.

São Paulo - Após a polêmica envolvendo seu salário , a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 13, que é "preta, pobre e da periferia".

A declaração foi feita em discurso, ao lado do presidente Michel Temer, na cerimônia de lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais para o Estado do Rio de Janeiro e Municípios, numa unidade da Marinha do Brasil na Avenida Brasil, zona norte do Rio.

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Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social, o programa emergencial terá investimento total de R$ 157 milhões no Rio, com ações nas áreas de justiça, educação, esporte e direitos humanos. Projetos de vários ministérios estão envolvidos, incluindo a pasta de Luislinda.

"Vamos aumentar esses números (de beneficiários de programas sociais) para o Rio de Janeiro e para o Brasil todo também. Sou preta, pobre e da periferia e sei o que é viver longe dos grandes centros", afirmou Luislinda, completando que o programa emergencial é baseado em "compromissos reais".

A polêmica em torno do salário de Luislinda veio à tona após a Coluna do Estadão revelar a insatisfação da ministra com o valor de seu contracheque.

Conforme a reportagem, Luislinda protocolou um pedido ao governo no qual alegava fazer trabalho escravo por não receber R$ 61 mil, valor que seria a soma de sua remuneração como ministra com a aposentadoria como desembargadora. Se o pleito da ministra fosse atendido, ela receberia além do teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil, violando a legislação.

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