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Após perdão de dívidas, bancada evangélica busca benefícios tributários

Aliados alertam Bolsonaro sobre a importância de consolidar o apoio evangélico após o retorno do ex-presidente Lula ao cenário eleitoral

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Plenário da Câmara dos Deputados (Adriano Machado/Reuters)

Plenário da Câmara dos Deputados (Adriano Machado/Reuters)

A
Agência O Globo

Publicado em 19 de março de 2021, 09h11.

Após a derrubada de um veto presidencial, com incentivo do próprio presidente Jair Bolsonaro, abrir caminho para o perdão bilionário de dívidas de igrejas, lideranças do meio religioso e parlamentares da bancada evangélica da Câmara atuam para ampliar a imunidade de entidades religiosas dentro da reforma tributária. Com horizonte limitado para o avanço da chamada “agenda de costumes” no Congresso, aliados de Bolsonaro no meio evangélico também pleiteiam participação no processo de escolha do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Marco Aurélio Mello se aposenta em julho.

Aliados vêm alertando Bolsonaro sobre a importância de consolidar o apoio evangélico após o retorno do ex-presidente Lula ao cenário eleitoral. Para eles, apesar de haver afinidade com o presidente neste segmento — que forma sua principal base de apoio, segundo pesquisas —, o petista pode obter o que chamam de “voto de gratidão” na faixa mais pobre.

Embora afirmem que o governo federal não vem atuando em favor de flexibilizar a tributação das igrejas, os deputados evangélicos se articulam para garantir que o relator da reforma, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), agregue ao texto uma emenda que prevê isenções para atividades fora dos templos. A emenda foi levada a Ribeiro no ano passado por Silas Câmara (Republicanos-AM), que presidia a frente evangélica à época.

O texto apoiado pela bancada, hoje sob liderança de Cezinha de Madureira (PSD-SP), evitaria taxações nas remessas para o exterior e a cobrança de IPTU em quaisquer imóveis ligados a instituições religiosas — atualmente, apenas os templos ficam imunes. Cezinha, que é ligado ao principal ramo da Assembleia de Deus, vem declarando que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comprometeu-se com a “pauta tributária das igrejas”.

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