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Após bate-boca, deputado pede desculpas a Chinaglia

Na tarde desta quinta-feira, Bala Rocha foi à tribuna dizer que retiraria a obstrução e alegou ter sido "agredido gratuitamente" pelo petista

Arlindo Chinaglia (PT-SP): mais cedo, Chinaglia e Bala Rocha protagonizaram uma discussão no plenário (Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)
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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 16h42.

Brasília - O deputado federal Sebastião Bala Rocha (SDD-AP) encaminhou na tarde desta quinta-feira, 5, um pedido de desculpas à Mesa Diretora da Câmara pelo episódio envolvendo o bate-boca com o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Bala Rocha também solicitou a retirada dos registros taquigráficos onde ele chama o petista de "fdp", o que deve ser acatado pela a Câmara.

"A mencionada expressão foi usada numa reação instantânea à agressão que sofri por parte do líder do governo que citou episódio, ocorrido em 2004, no contexto da Operação Pororoca, em que fui injustamente algemado pela Polícia Federal e que até hoje me faz sofrer e a toda minha família", diz no requerimento o parlamentar, que é vice-líder da bancada do Solidariedade. O parlamentar do Amapá responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha, prevaricação, corrupção passiva e crime contra a lei de licitações.

Mais cedo, Chinaglia e Bala Rocha protagonizaram uma discussão no plenário. Os parlamentares votavam um acordo entre os governos brasileiro e francês para aumentar a fiscalização imigratória entre Brasil e Guiana Francesa e combater a exploração ilegal de ouro no país vizinho. O desentendimento começou após o petista mencionar que um acordo havia sido selado nesta quarta-feira, 4, com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) para a votação da proposta.

Alguns parlamentares entenderam que Chinaglia havia confundido que o encontro aconteceu com a bancada petista e não com os deputados do Amapá. "A reunião do ministro Gilberto Carvalho foi com a bancada do Amapá, não do PT apenas", interferiu o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "Eu não disse que a reunião foi apenas com a deputada Dalva. Eu disse que ela me informou. É só pegar a degravação, até porque eu tenho o direito de escolher os exemplos que eu quiser", respondeu o líder.

Durante a discussão, Chinaglia insinuou que parlamentares de outras bancadas estavam tentando se "apoderar" do resultado do trabalho coletivo. O deputado e ex-senador do Amapá, que foi relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores da Casa, reagiu: "Não estou me apoderando de nada, estou relatando esse projeto há quatro anos e meio. Eu conheço a matéria e agi com responsabilidade esse tempo todo", retrucou.

No calor dos ânimos, Chinaglia subiu o tom. "Só tenho a dizer uma coisa a Vossa Excelência: graças à minha formação, eu nunca fui algemado na minha vida", provocou o petista, referindo-se à prisão do deputado em 2004.

Na tarde de hoje, Chinaglia afirmou a jornalistas que ainda não se decidiu se adotaria algum tipo de queixa formal por conta das palavras usadas por Bala Rocha, mas disse que "tende a perdoar". "É só assistir o vídeo (da sessão) e ver onde estava o nível de cada um. Não quero ficar alimentando esse tipo de debate; quem baixou o nível foi ele", disse.

Na tarde desta quinta-feira, Bala Rocha foi à tribuna dizer que retiraria a obstrução e alegou ter sido "agredido gratuitamente" pelo petista.

"Para mim este é um episódio ultrapassado. Somente uma mente perturbada, uma personalidade doentia, é que pode fazer menção a um episódio acontecido no passado quando alguns de seus companheiros estão condenados pelo Supremo Tribunal Federal", disse o parlamentar.

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Brasília - O deputado federal Sebastião Bala Rocha (SDD-AP) encaminhou na tarde desta quinta-feira, 5, um pedido de desculpas à Mesa Diretora da Câmara pelo episódio envolvendo o bate-boca com o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Bala Rocha também solicitou a retirada dos registros taquigráficos onde ele chama o petista de "fdp", o que deve ser acatado pela a Câmara.

"A mencionada expressão foi usada numa reação instantânea à agressão que sofri por parte do líder do governo que citou episódio, ocorrido em 2004, no contexto da Operação Pororoca, em que fui injustamente algemado pela Polícia Federal e que até hoje me faz sofrer e a toda minha família", diz no requerimento o parlamentar, que é vice-líder da bancada do Solidariedade. O parlamentar do Amapá responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha, prevaricação, corrupção passiva e crime contra a lei de licitações.

Mais cedo, Chinaglia e Bala Rocha protagonizaram uma discussão no plenário. Os parlamentares votavam um acordo entre os governos brasileiro e francês para aumentar a fiscalização imigratória entre Brasil e Guiana Francesa e combater a exploração ilegal de ouro no país vizinho. O desentendimento começou após o petista mencionar que um acordo havia sido selado nesta quarta-feira, 4, com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) para a votação da proposta.

Alguns parlamentares entenderam que Chinaglia havia confundido que o encontro aconteceu com a bancada petista e não com os deputados do Amapá. "A reunião do ministro Gilberto Carvalho foi com a bancada do Amapá, não do PT apenas", interferiu o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "Eu não disse que a reunião foi apenas com a deputada Dalva. Eu disse que ela me informou. É só pegar a degravação, até porque eu tenho o direito de escolher os exemplos que eu quiser", respondeu o líder.

Durante a discussão, Chinaglia insinuou que parlamentares de outras bancadas estavam tentando se "apoderar" do resultado do trabalho coletivo. O deputado e ex-senador do Amapá, que foi relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores da Casa, reagiu: "Não estou me apoderando de nada, estou relatando esse projeto há quatro anos e meio. Eu conheço a matéria e agi com responsabilidade esse tempo todo", retrucou.

No calor dos ânimos, Chinaglia subiu o tom. "Só tenho a dizer uma coisa a Vossa Excelência: graças à minha formação, eu nunca fui algemado na minha vida", provocou o petista, referindo-se à prisão do deputado em 2004.

Na tarde de hoje, Chinaglia afirmou a jornalistas que ainda não se decidiu se adotaria algum tipo de queixa formal por conta das palavras usadas por Bala Rocha, mas disse que "tende a perdoar". "É só assistir o vídeo (da sessão) e ver onde estava o nível de cada um. Não quero ficar alimentando esse tipo de debate; quem baixou o nível foi ele", disse.

Na tarde desta quinta-feira, Bala Rocha foi à tribuna dizer que retiraria a obstrução e alegou ter sido "agredido gratuitamente" pelo petista.

"Para mim este é um episódio ultrapassado. Somente uma mente perturbada, uma personalidade doentia, é que pode fazer menção a um episódio acontecido no passado quando alguns de seus companheiros estão condenados pelo Supremo Tribunal Federal", disse o parlamentar.

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