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Após bate-boca, Barroso pede desculpas e Gilmar reafirma críticas

Barroso estava ruborizado e pediu desculpas aos ministros pela discussão. Os colegas tinham um semblante de consternação. "Lamento, lamento", disse Barroso

Gilmar Mendes: "Desonra se faz aplicando uma Constituição que não existe", disse Gilmar, que foi chamado de "desonra" por Barroso (José Cruz/Agência Brasil)

Gilmar Mendes: "Desonra se faz aplicando uma Constituição que não existe", disse Gilmar, que foi chamado de "desonra" por Barroso (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2018 às 20h33.

Brasília - Após o bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), motivar a suspensão da sessão do Supremo nesta quarta-feira, 21, as reações dos dois magistrados em público foi diferente.

Logo depois de a presidente Cármen Lúcia suspender a sessão, Gilmar Mendes deixou o plenário, e Roberto Barroso ficou conversando por alguns minutos com os ministros Edson Fachin, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Alexandre de Moraes e Luiz Fux.

Barroso estava ruborizado e pediu desculpas aos ministros pela discussão. Os colegas tinham um semblante de consternação. "Lamento, lamento", disse Barroso. Gilmar Mendes, por sua vez, depois de retomada a sessão, voltou a falar nos temas que deram origem ao bate-boca e rebateu termos que lhe foram atribuídos por Barroso.

"Desonra se faz aplicando uma Constituição que não existe", disse Gilmar, que foi chamado de "desonra" por Barroso. "Eu não posso mudar uma Constituição. Podemos mudar (apenas) de jurisprudência, mas é preciso dialogar. Estou absolutamente tranquilo com relação a isso. Vou continuar censurando esta prática onde eu estiver. Tenho ódio à manipulação. Tenho ódio à mistificação", disse Gilmar Mendes, também rebatendo a acusação de Barroso de que ele agiria por ódio.

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