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Após áudio vazado, Benko quer Dilma Pena depondo em CPI

A decisão ocorre diante do vazamento do áudio de uma reunião entre a diretoria e o conselho de administração da empresa em agosto passado


	Dilma Pena: ela admite em áudio que "superiores" barraram ações na mídia para a economia de água
 (Divulgação)

Dilma Pena: ela admite em áudio que "superiores" barraram ações na mídia para a economia de água (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 16h16.

São Paulo - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os contratos da Prefeitura com a Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Sabesp), Laércio Benko (PHS), afirmou na tarde desta sexta-feira, 24, que quer que a presidente da empresa, Dilma Pena, preste novo depoimento à CPI

A decisão ocorre diante do vazamento do áudio de uma reunião entre a diretoria e o conselho de administração da empresa em agosto passado.

Na gravação, ela admite que seus "superiores" barraram ações na mídia para estimular a população de São Paulo a economizar água.

"Se ela é a gestora da Sabesp, só deve pensar em duas palavras: 'interesse' e 'público'. A partir do momento em que ela vê superiores barrarem ações que ela acha corretas, ela só tem três opções: não executar as determinações superiores e fazer o que avalia ser correto, denunciar seus superiores ou pedir demissão. A partir do momento em que ela obedece tais ordens, também é responsável", disse o vereador, que foi candidato a governador na eleição vencida por Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.

Benko apresentará convocação da presidente da Sabesp na próxima reunião do conselho, na quarta-feira.

"Como presidente, defino a pauta. Será o primeiro item", disse.

A data do novo depoimento ainda não foi marcada - terá de ser aprovada pelos demais integrantes da comissão.

Justiça Eleitoral

Durante depoimento à CPI ocorrido no último dia 15, Dilma Pena chegou a culpar a Justiça Eleitoral pela falta de ações de mídia conscientizando a população sobre os problemas de falta de água.

"Não podíamos fazer as peças publicitárias que achávamos que devíamos fazer por causa da restrição do período eleitoral. Tivemos de apresentar as peças no Tribunal Regional Eleitoral e foram riscadas algumas palavras que não poderiam ser veiculadas, por exemplo a palavra 'seca'. Nós não podíamos colocar, na peça publicitária, a palavra 'seca'. Então, veiculamos, e estamos veiculando até hoje, propaganda falando exclusivamente da economia de água", disse Dilma pena na ocasião.

O Tribunal Regional Eleitoral divulgou nota no mesmo dia em que não só desmentiu a presidente da Sabesp, dizendo que não havia restrição à palavra "seca", como também afirmou que as peças publicitárias barradas enalteciam a empresa.

A Sabesp informou que não iria comentar as declarações de Benko.

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