Após 67 dias, funcionários da USP encerram greve
De acordo com diretor do Sintusp, a universidade cortou o salário de 460 grevistas durante a paralisação
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2016 às 18h45.
São Paulo - Isolados e sem receber salário, funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram nesta segunda-feira, 18, encerrar a greve iniciada no dia 12 de maio por um reajuste salárial de 12,34%.
Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), os servidores retornarão ao trabalho nesta terça-feira após 67 dias de paralisação.
"A greve acabou ficando isolada só com os funcionários. Os professores saíram da greve em junho, estudantes acabaram desaparecendo com as férias e nós continuamos sozinhos até agora", explicou Carvalho.
Ainda de acordo com ele, a USP cortou o salário de 460 grevistas durante a paralisação. "Seria difícil manter a greve nessas condições".
O Sintusp afirma que vai aguardar o julgamento da ação de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que deve ocorrer em até 30 dias, para decidir quais ações tomar.
"Vamos aguardar o julgamento do dissídio. Esperamos que a Justiça conceda pelo menos a correção da inflação, que ficou acima de 10%, e a devolução dos salários cortados, e em agosto vamos reorganizar a luta", disse Carvalho.
Ele afirma que o sindicato também é contra o "desmonte" do Hospital Universitário da USP, por melhorias no restaurante e pelo volta dos benefícios de vale refeição e alimentação, que, segundo a entidade, estão congelados há três anos.
"Estamos vivendo uma situação muito complicada dentro da universidade. Esperamos que em agosto professores e estudantes também voltem à luta".
Na semana passada, uma audiência de conciliação entre a USP e os funcionários terminou sem acordo no TRT-2. O objetivo da reunião era definir o retorno dos profissionais e a compensação dos dias parados.
A USP propôs que os funcionários voltassem ao trabalho imediatamente e desistissem da ação de dissídio coletivo de greve. Em contrapartida, pagaria metade dos dias parados.
A sugestão não foi aceita pelo sindicato e a reunião durou menos de meia hora. Com a falta de acordo, a USP terá dez dias para apresentar defesa e documentos e, sem seguida, o sindicato, terá cinco dias. Após esse prazo, o caso será julgado pela Seção de Dissídios Coletivos do TRT-2.
São Paulo - Isolados e sem receber salário, funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram nesta segunda-feira, 18, encerrar a greve iniciada no dia 12 de maio por um reajuste salárial de 12,34%.
Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), os servidores retornarão ao trabalho nesta terça-feira após 67 dias de paralisação.
"A greve acabou ficando isolada só com os funcionários. Os professores saíram da greve em junho, estudantes acabaram desaparecendo com as férias e nós continuamos sozinhos até agora", explicou Carvalho.
Ainda de acordo com ele, a USP cortou o salário de 460 grevistas durante a paralisação. "Seria difícil manter a greve nessas condições".
O Sintusp afirma que vai aguardar o julgamento da ação de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que deve ocorrer em até 30 dias, para decidir quais ações tomar.
"Vamos aguardar o julgamento do dissídio. Esperamos que a Justiça conceda pelo menos a correção da inflação, que ficou acima de 10%, e a devolução dos salários cortados, e em agosto vamos reorganizar a luta", disse Carvalho.
Ele afirma que o sindicato também é contra o "desmonte" do Hospital Universitário da USP, por melhorias no restaurante e pelo volta dos benefícios de vale refeição e alimentação, que, segundo a entidade, estão congelados há três anos.
"Estamos vivendo uma situação muito complicada dentro da universidade. Esperamos que em agosto professores e estudantes também voltem à luta".
Na semana passada, uma audiência de conciliação entre a USP e os funcionários terminou sem acordo no TRT-2. O objetivo da reunião era definir o retorno dos profissionais e a compensação dos dias parados.
A USP propôs que os funcionários voltassem ao trabalho imediatamente e desistissem da ação de dissídio coletivo de greve. Em contrapartida, pagaria metade dos dias parados.
A sugestão não foi aceita pelo sindicato e a reunião durou menos de meia hora. Com a falta de acordo, a USP terá dez dias para apresentar defesa e documentos e, sem seguida, o sindicato, terá cinco dias. Após esse prazo, o caso será julgado pela Seção de Dissídios Coletivos do TRT-2.