Boulos: Vamos buscar puxar a agenda do país para a esquerda e garantir uma reforma tributária progressiva e uma mudança na política de preços da Petrobras (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)
Agência de notícias
Publicado em 17 de abril de 2023 às 07h03.
Uma das lideranças do PSOL mais próximas do presidente Lula, o deputado Guilherme Boulos (SP) afirma que seu partido ainda tem ressalvas ao novo arcabouço fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deve chegar hoje ao Congresso Nacional. Apesar disso, ele diz que o papel da sigla nesta legislatura é o de compor a base do governo. Pré-candidato à prefeitura de São Paulo no ano que vem, Boulos refuta a possibilidade de ter o apresentador José Luiz Datena (PDT) como seu vice. De olho no apoio do PT, afirma que o posto caberá a um indicado pelo partido.
O PSOL é base de apoio do governo Lula e o ajudou a se eleger para derrotar o pesadelo que vivemos com o bolsonarismo. Com Lula, foi eleito um programa de governo e o PSOL se compromete a garantir que o mesmo seja efetuado. Vamos buscar puxar a agenda do país para a esquerda e garantir uma reforma tributária progressiva e uma mudança na política de preços da Petrobras. Como está escrito no programa de governo que elegeu o Lula, queremos o aumento dos investimentos para reduzir as desigualdades no Brasil e combater a fome.
Isto não está certo. O arcabouço nem chegou. Nós vamos esperar o texto chegar no Congresso. Eu tenho muito receio de se criar uma amarra para o crescimento econômico e para os investimentos públicos. Ainda vamos debater esses pontos. Vários deputados do PT, que é o partido do presidente, têm críticas ao arcabouço. Temos críticas para buscar melhorar os problemas na Câmara, sim. Isso não é incompatível com a composição da base do governo