Apesar de forte chuva, Cantareira fica inalterado
A Sabesp informou que choveu 1,4 milímetro sobre os reservatórios
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 10h34.
São Paulo - A forte chuva do fim da tarde de ontem foi insuficiente para alterar o baixo nível do Sistema Cantareira. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) informou que choveu 1,4 milímetro sobre os reservatórios.
Até ontem, a pluviometria acumulada era de 2,1 mm neste mês - a média histórica para fevereiro, no entanto, é de 202,6 mm.
O sistema atingiu nesta sexta-feira, 14, o menor nível desde 1974, ano em que foi criado: 18,7%. As represas abastecem 8,8 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que receberia um estudo para verificar a possibilidade do uso de 400 milhões de metros cúbicos de água, o chamado "volume morto".
"Vamos ver quanto custa a sucção, bombeamento, bombas, equipamentos e a viabilidade."
Alckmin não falou sobre racionamento. "Não tem nenhum fato novo. O que temos é uma boa resposta da população com o bônus, há uso racional da água, todos economizando ajudam a não faltar água", afirmou.
A meteorologista da Climatempo Josélia Pegorim diz, porém, que a solução da falta d'água para abastecimento será lenta. "Espera-se que o mês de março tenha chuvas mais volumosas, mas a chuva de um mês não vai recuperar a de três", diz, referindo-se à estiagem de dezembro, janeiro e deste mês.
Trégua.
Se a chuva não foi capaz de amenizar os riscos no abastecimento, conseguiu tornar o dia menos quente. A partir de amanhã, a cidade deverá ter temperaturas mais amenas.
"Os paulistanos vão sair de dias muito quentes para mornos", disse Josélia. As temperaturas máximas deverão ficar abaixo de 30°C, o que não acontece desde 23 de dezembro.
Apesar de forte, a precipitação de ontem não atingiu toda a cidade, o que mantém a data de 24 de janeiro como o último dia em que choveu de forma generalizada. Nesse dia, foram registrados 27 pontos de alagamento - ontem, foram sete.
O temporal de ontem causou transbordamento do Córrego Ipiranga e queda de granizo na Saúde e Vila Nova Conceição, na zona sul. Uma van ficou ilhada na Avenida Ricardo Jafet e teve de ser rebocada.
Na Avenida Carlos Caldeira Filho, na Vila Andrade, um carro com três pessoas caiu num córrego. Ninguém ficou ferido.
O Aeroporto de Congonhas ficou fechado das 17h45 às 18h24. Até as 23h, 45 voos haviam atrasado mais de 30 minutos - 18,8% das partidas e chegadas de todo o dia.
Interior
A prefeitura de Salto, na região de Sorocaba, decretou ontem estado de emergência por causa da estiagem. A partir de segunda-feira, a distribuição de água aos mais de 100 mil habitantes será racionada.
São Paulo - A forte chuva do fim da tarde de ontem foi insuficiente para alterar o baixo nível do Sistema Cantareira. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) informou que choveu 1,4 milímetro sobre os reservatórios.
Até ontem, a pluviometria acumulada era de 2,1 mm neste mês - a média histórica para fevereiro, no entanto, é de 202,6 mm.
O sistema atingiu nesta sexta-feira, 14, o menor nível desde 1974, ano em que foi criado: 18,7%. As represas abastecem 8,8 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que receberia um estudo para verificar a possibilidade do uso de 400 milhões de metros cúbicos de água, o chamado "volume morto".
"Vamos ver quanto custa a sucção, bombeamento, bombas, equipamentos e a viabilidade."
Alckmin não falou sobre racionamento. "Não tem nenhum fato novo. O que temos é uma boa resposta da população com o bônus, há uso racional da água, todos economizando ajudam a não faltar água", afirmou.
A meteorologista da Climatempo Josélia Pegorim diz, porém, que a solução da falta d'água para abastecimento será lenta. "Espera-se que o mês de março tenha chuvas mais volumosas, mas a chuva de um mês não vai recuperar a de três", diz, referindo-se à estiagem de dezembro, janeiro e deste mês.
Trégua.
Se a chuva não foi capaz de amenizar os riscos no abastecimento, conseguiu tornar o dia menos quente. A partir de amanhã, a cidade deverá ter temperaturas mais amenas.
"Os paulistanos vão sair de dias muito quentes para mornos", disse Josélia. As temperaturas máximas deverão ficar abaixo de 30°C, o que não acontece desde 23 de dezembro.
Apesar de forte, a precipitação de ontem não atingiu toda a cidade, o que mantém a data de 24 de janeiro como o último dia em que choveu de forma generalizada. Nesse dia, foram registrados 27 pontos de alagamento - ontem, foram sete.
O temporal de ontem causou transbordamento do Córrego Ipiranga e queda de granizo na Saúde e Vila Nova Conceição, na zona sul. Uma van ficou ilhada na Avenida Ricardo Jafet e teve de ser rebocada.
Na Avenida Carlos Caldeira Filho, na Vila Andrade, um carro com três pessoas caiu num córrego. Ninguém ficou ferido.
O Aeroporto de Congonhas ficou fechado das 17h45 às 18h24. Até as 23h, 45 voos haviam atrasado mais de 30 minutos - 18,8% das partidas e chegadas de todo o dia.
Interior
A prefeitura de Salto, na região de Sorocaba, decretou ontem estado de emergência por causa da estiagem. A partir de segunda-feira, a distribuição de água aos mais de 100 mil habitantes será racionada.