Anvisa recomenda uma terceira dose de Coronavac. O que muda na prática?
Ainda não há data para o início da aplicação de uma terceira dose. Anvisa orienta que pode ser usado qualquer imunizante aprovado no Brasil
Gilson Garrett Jr
Publicado em 19 de agosto de 2021 às 12h31.
Última atualização em 19 de agosto de 2021 às 12h35.
Na mesma reunião em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vetou o uso da Coronavac em crianças e adolescentes, o órgão também recomendou a aplicação de uma terceira dose para idosos e imunossuprimidos que foram vacinados com o imunizante. No voto da diretora Meiruze Freitas, ela fez esta observação levando em conta “evidências técnicas consistentes”.
- Entenda como o avanço da vacinação afeta seus investimentos. Aprenda com a EXAME Academy
Na prática, a recomendação deixou para o Ministério da Saúde estipular como deveria ser feita a aplicação desta terceira dose. Questionada por EXAME, Meiruze disse que o governo pode utilizar na dose de reforço a própria Coronavac, ou outra vacina aprovada pela Anvisa - Pfizer/BioNTech, AstraZeneca ou Janssen.
“Essas estratégias podem ser por grupo de risco. Em geral, o que a gente viu em outros estudos é a aplicação de 6 a 8 meses a partir da segunda dose, mas este intervalo pode inclusive ser até encurtado”, afirmou.
Em entrevista coletiva na quarta-feira, 18, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse que está em estudo a aplicação de uma terceira dose e que deve começar pelos idosos, mas ainda não há data, nem previsão de quando isso deve ocorrer.
“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”, afirmou.
No Brasil, tanto a Pfizer quanto a AstraZeneca realizam testes, autorizados pela Anvisa, para avaliar a necessidade de uma terceira dose. O Ministério da Saúde encomendou um estudo especificamente sobre a Coronavac para avaliar o tema.
Países aplicam terceira dose
Outros países já aplicam ou planejam oferecer uma terceira dose de vacina contra a covid-19. Israel, Chile e Uruguai, por exemplo, iniciaram a dose reforço pelos idosos e grupos de risco.
Autoridades dos Estado Unidos informaram, na quarta-feira, que as doses de reforço devem estar disponíveis a partir de 20 de setembro para todos os adultos. A orientação inicial é para que as pessoas só recebam a terceira dose oito meses após a segunda.
Toda semana tem um novo episódio do podcast EXAME Política, que te deixa ainda mais informado sobre a covid-19. Disponível abaixo ou nas plataformas de áudioSpotify,Deezer,Google PodcastseApple Podcasts