Brasil

Anvisa recomenda isolar pacientes com superbactéria KPC

A superbactéria, resistente a maior parte dos antibióticos usados no País, contaminou 246 pacientes no País desde 2009

A utilização inadequada de antibióticos contribui para o quadro de bactérias multirresistentes  (Getty Images)

A utilização inadequada de antibióticos contribui para o quadro de bactérias multirresistentes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 19h19.

Hospitais devem isolar pacientes que apresentem KPC ou estejam contaminados por outras bactérias multirresistentes pouco frequentes em instituições de saúde no País. A recomendação integra a nota técnica divulgada hoje pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), preparada depois de uma reunião na sexta-feira com infectologistas e especialistas em infecção hospitalar.

O documento ressalta a necessidade de se evitar qualquer medida que induza a discriminação do paciente, mas orienta o hospital a avaliar a necessidade de reservar tanto material quanto profissionais para tratar exclusivamente de pessoas eventualmente infectadas.

"É preciso avaliar caso a caso. Há bactérias multirresistentes que já são frequentes nos hospitais. Nesses casos, o isolamento não é necessário", afirma a professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo, Ana Cristina Gales, que participou das discussões.

O documento foi preparado num momento em que o País convive com aumento do número de casos de infecção hospitalar provocada pela KPC. A superbactéria, resistente a maior parte dos antibióticos usados no País, contaminou 246 pacientes no País desde 2009. O maior número de registros está concentrado em Brasília: 154 pacientes com infecção confirmada.

O documento traz medidas para evitar a proliferação de outras superbactérias que, assim como a KPC, são resistentes ao antibiótico carbapenem. Pacientes vindos de hospitais do exterior ou que recentemente permaneceram internados em instituições fora do País deverão ficar área isolada. A medida tem como objetivo evitar a proliferação em hospitais brasileiros das bactérias NDM ou VIM, que se disseminam em outros países e que preocupam autoridades sanitárias em várias partes do mundo.

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