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Anvisa inicia classificação de restaurantes para Copa

Dos 2.172 estabelecimentos que participaram da iniciativa, 15,6% tiveram um número de falhas considerado superior ao padrão mínimo desejado


	Mesa de restaurante: os restaurantes que não atingiram o padrão mínimo, chamados "pendentes", foram autuados
 (Creative Commons/Flickr/starush)

Mesa de restaurante: os restaurantes que não atingiram o padrão mínimo, chamados "pendentes", foram autuados (Creative Commons/Flickr/starush)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 13h24.

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou os primeiros resultados do projeto piloto para classificação de bares, restaurantes e lanchonetes, voltado para a Copa do Mundo.

Dos 2.172 estabelecimentos que participaram da iniciativa, 15,6% tiveram um número de falhas considerado superior ao padrão mínimo desejado.

Dos municípios que vão sediar a Copa, 11 participaram da iniciativa - Salvador não está na avaliação. Outras 13 cidades que não estão na Copa e aeroportos próximos das cidades sede foram incluídos.

"A intenção do primeiro projeto não foi punir, mas preparar os estabelecimentos para o atendimento adequado. Nosso objetivo não é fechar os estabelecimentos mas torná-los adequados à segurança", afirmou o diretor da Anvisa, Ivo Bucaresky.

O projeto é inspirado em iniciativas desenvolvidas em outras cidades do mundo, como Nova York e Los Angeles.

Ele classifica os estabelecimentos em 3 categorias. A nota A é a melhor pontuação, concedida para estabelecimentos que cometeram poucas falhas.

Na primeira etapa, 20% foram enquadrados nessa categoria.

A nota B é dada para aqueles que cometem mais falhas que os do grupo A, mas com impacto não relevante para saúde. Essa classificação foi dada para 40% dos estabelecimentos como B.

No grupo C, com menor pontuação, mas com qualidade considerada ainda aceitável, foram incluídos 24,4% dos estabelecimentos.

"Todos restaurantes, lanchonetes e bares com classificações A, B ou C são seguros para o consumidor, com condição sanitária satisfatória.

Os restaurantes que não atingiram o padrão mínimo, chamados "pendentes", foram autuados e serão obrigados a reparar as falhas.

Uma nova rodada de avaliação está em curso. Os resultados devem sair em maio. Somente então estabelecimentos que participaram do programa serão obrigados a afixar os selos.

"Esperamos encontrar nessa segunda etapa um resultado melhor. É esse o nosso objetivo", afirmou a gerente do grupo de alimentação, Denise Resende.

Os selos serão mantidos até agosto, quando o projeto passa para uma fase de avaliação. A fiscalização é feita pelas vigilâncias locais, com base num roteiro de 54 itens.

Dois pontos considerados essenciais para classificação A é a existência de um responsável técnico e de boas práticas para preparação dos alimentos.

"Não fizemos uma avaliação de bom, ótimo. Tentamos fugir dessa classificação, porque todos com selo estão dentro dos níveis aceitáveis", afirmou a gerente.

Na segunda etapa, quando selos forem concedidos, estará disponível no site da Anvisa a lista com a classificação dos estabelecimentos que integram o projeto piloto. Até lá, as informações se referem à média encontrada pelas cidades.

"Para o projeto piloto se transformar numa iniciativa perene, será analisada uma série de fatores. Incluindo a adesão dos municípios e vigilâncias sanitárias", disse Bucaresky.

Ele afirmou que a classificação não está relacionada ao preço, mas apenas a condições sanitárias. Entre os itens avaliados estão a roupa usada pelas pessoas que preparam os alimentos, a temperatura em que são mantidos os ingredientes.

A cidade de Salvador não quis participar da iniciativa. O aeroporto de Manaus também ficou fora por estar em reforma, de acordo com Denise.

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