Anvisa ainda não recebeu documentos pendentes do Butantan e da Fiocruz
A Anvisa marcou para o domingo, 17, uma reunião da Diretoria Colegiada, na qual serão avaliados os pedidos de uso emergencial
Gilson Garrett Jr
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 15h14.
Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 15h15.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou no começo da tarde desta quinta-feira, 14, que ainda não recebeu os documentos pendentes para a análise do uso emergencial das vacinas do Instituto Butantan/Sinovac e da Fiocruz/AstraZeneca.
Segundo a agência, os dados complementares ainda não apresentados são “essenciais e condicionantes à análise e à decisão técnica sobre as vacinas”. Segundo nota enviada à imprensa, a falta de informações compromete o cumprimento de prazos estabelecido pela Anvisa, que é de 10 dias para avaliar se autoriza o uso emergencial das vacinas no país.
A Anvisa marcou para o domingo, 17, uma reunião da Diretoria Colegiada, na qual serão avaliados os pedidos de uso emergencial. O prazo limite para esta análise terminaria no dia 18, segunda-feira. A reunião começa a partir das 10 horas e tem previsão de levar 5 horas.
Entre as informações que estão pendentes da vacina do Butantan/Sinovac estão dados sobre a fase três de testes que foram feitos com voluntários brasileiros, bem como a estratificação das pessoas que participaram da fase clínica, como idade e sexo.
Segundo a Anvisa, 40% dos documentos já foram analisados, e 29% ainda precisam de complementação. O Butantan disse que até a sexta-feira, 15, todos os dados pendentes serão entregues.
No caso da Fiocruz/AstraZeneca, 32% dos documentos foram analisados, e 31% ainda dependem de algum tipo de complementação. Entre as informações pendentes estão dados sobre o processo de produção, e sobre o transporte das duas milhões de doses da vacina que virão prontas da Índia.
Em reunião com prefeitos das 130 maiores cidades do país, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacinação contra a covid-19 começa no dia 20 de janeiro, às 10h, de forma simultânea no país. A data era considerada como a mais precoce pelo governo federal.