Anthony Garotinho, ex-governador do RJ, é preso pela PF
Ex-governador estava apresentando programa de rádio quando foi detido
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de setembro de 2017 às 11h18.
Última atualização em 13 de setembro de 2017 às 13h01.
Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira, 13, por volta das 10h30, o ex-governador Anthony Garotinho (PR).
Ele se encontrava na Rádio Tupi, em São Cristóvão, na zona norte do Rio, onde apresenta seu programa. A Justiça condenou Garotinho por compra de votos e determinou que ele cumpra prisão domiciliar.
Segundo a sentença, assinada pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral, o ex-governador terá de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de usar telefones celulares e só pode ter contato pessoal com advogados e familiares próximos - mãe, netos, filhos e a mulher, a ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho. A medida será cumprida em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, na casa que ele mantém no bairro da Lapa.
Além da medida cautelar, Garotinho foi condenado à prisão em regime fechado por corrupção eleitoral, associação criminosa e supressão de documentos públicos. No entanto, essa condenação precisa ser confirmada em segunda instância para que a reclusão passe a vigorar.
A assessoria do ex-governador foi procurada pela reportagem, mas ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria. O advogado de Garotinho, Carlos Azeredo, divulgou a seguinte nota: "A defesa do ex-governador Anthony Garotinho repudia os motivos apresentados para a prisão do ex-governador e entende que a decisão de mantê-lo preso em casa, em Campos, tem a intenção de privá-lo de seu trabalho na Rádio Tupi e em seus canais digitais e, com isso, evitar que ele continue denunciando políticos criminosos importantes, alguns deles que já foram até presos. A defesa nega as acusações imputadas a ele e informa que ele nunca nem foi acusado de roubo ou corrupção. O processo fala de suspeitas infundadas de compra de votos, o que por si só não justifica prisão".
"A defesa afirma que a prisão domiciliar, além de não ter base legal, causa danos à sua família já que o impede de exercer sua profissão de radialista e sustentar sua família. A defesa do ex-governador irá recorrer da decisão", finaliza o advogado.