Brasil

Aníbal tem 15 dias para responder a queixa de Cardozo

Ricardo Lewandowski deu prazo de 15 dias para que o secretário se manifeste sobre a queixa-crime proposta contra ele pelo ministro da Justiça

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 20h06.

Brasília - O presidente interino do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, deu nesta terça-feira, 28, um prazo de 15 dias para que o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, se manifeste sobre a queixa-crime proposta contra ele pelo ministro da Justiça, José Martins Eduardo Cardozo. Lewandowski também determinou que o caso seja reautuado como inquérito.

No documento entregue em dezembro ao STF, Cardozo acusa Aníbal de tê-lo injuriado em diversas ocasiões e pede a condenação criminal dele. De acordo com a petição, Aníbal teria dito que o ministro da Justiça "é um sonso", "vigarista" e que passou a atuar como "operador do submundo". Num dos episódios, o secretário de Energia do Estado de São Paulo teria dito que Cardozo deu "cobertura" ao presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Carvalho, em relação a investigações do caso Siemens.

"O evidente conteúdo injurioso dos termos destacados é o motivo que leva o querelante (ministro da Justiça) a acionar esta e. Corte em busca de medidas cabíveis e previstas em lei", sustentaram os advogados do ministro. A defesa cataloga no documento detalhes do currículo de Cardozo e afirma que ele tem uma história de vida profissional cuja "dignidade", "respeitabilidade" e "compostura" foram afetadas pelas declarações de Aníbal.

Os advogados observaram que a injúria é um crime previsto no Código Penal e que consiste na ofensa ao decoro e à dignidade de alguém. Eles afirmaram que o ministro sempre agiu de acordo com a lei e os princípios que regem a administração pública. "Ocorre que, extrapolando - e muito - seu direito de criticar a atuação do querelante à frente da instituição pública, o querelado usou de expressões evidentemente desabonadoras, com claro objetivo de macular a honra do ministro da Justiça", concluíram.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMinistério da Justiça e Segurança PúblicaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo