Brasil

Aníbal nega indícios de participação em cartel de metrôs

Rodrigo Janot pediu ao STF que dê continuidade às investigações com relação ao deputado no caso do cartel dos metrôs de São Paulo


	Metrô: nome de Aníbal surgiu nas denúncias no fim de 2013, quando um documento apócrifo que o citava foi entregue pelo deputado Simão Pedro ao ministro da Justiça, e posteriormente repassado à Polícia Federal
 (Mauricio Simonetti/EXAME.com)

Metrô: nome de Aníbal surgiu nas denúncias no fim de 2013, quando um documento apócrifo que o citava foi entregue pelo deputado Simão Pedro ao ministro da Justiça, e posteriormente repassado à Polícia Federal (Mauricio Simonetti/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 14h06.

Brasília - O deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) rebateu no início desta tarde de sexta-feira, 25, as denúncias apresentadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que dê continuidade às investigações com relação a ele no caso do cartel dos metrôs de São Paulo. Aníbal deixou o cargo de secretário estadual de Energia de São Paulo no início deste mês, quando reassumiu o mandato de deputado federal. Segundo ele, Janot foi leviano e cometeu erros graves no pedido de investigação.

No início de abril, o procurador-geral enviou um ofício ao ministro do STF Marco Aurélio Mello apresentando indícios contra o parlamentar. Segundo ele, ex-diretor da Siemens Everton Rheinrheimer, delator do cartel, apontou, em depoimento, "indícios de envolvimento do deputado federal José Aníbal, na medida em que relata ter sido avisado que, com a saída de Rodrigo Garcia da presidência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deveria passar a tratar com o deputado José Aníbal, que passara a ser responsável pelos contatos políticos e pagamentos de propina".

De acordo com Aníbal, a denúncia foi fundamentada sobre uma falha básica, mas grave, que poderia ser corrigida com uma busca simples na internet. Ele afirma que nunca foi deputado estadual e, portanto, é impossível que tenha ocupado o cargo na comissão da Assembleia. "Eu nunca fui deputado estadual, nunca, nem candidato. No entanto, é inacreditável que, com base nisso, o procurador-geral da República encaminhe para o ministro Marco Aurélio, pedindo que prossiga a investigação sobre mim, porque existem indícios que possam me comprometer", protestou.

O nome de Aníbal surgiu nas denúncias no fim de 2013, quando um documento apócrifo que o citava foi entregue pelo deputado estadual petista Simão Pedro (SP) ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e posteriormente repassado à Polícia Federal. À época, o deputado disse que o documento era falso e havia sido adulterado para que seu nome fosse incluído.

Em seu pronunciamento para um plenário vazio na manhã desta sexta, o deputado chamou Cardozo de prevaricador, Simão Pedro de falsário e Everton Rheinrheimer de bandido. Ele acusa o PT de plantar denúncias contra o PSDB. "Esse é um novo dossiê petista contra adversários políticos para difamar, jogar lama e tentar destruir a reputação de oposicionistas", disse o parlamentar, que vai esperar uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello para avaliar quais procedimentos tomar.

Aníbal disse ainda que não tem nenhum problema em participar de acareações e depoimentos sobre o caso e ressaltou que estará à disposição de uma possível CPI sobre o cartel de trens proposta pelo PT. "Pra mim seria uma excelente tribuna", disse.

Acompanhe tudo sobre:mobilidade-urbanaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Eleição 2024: Debates para prefeitura de Curitiba começam nesta quinta; confira data e onde assistir

Debates em Porto Alegre para as eleições de 2024: confira datas e onde assistir

Eleições 2024: debates para prefeitura de Teresina começam na quinta; confira datas e onde assistir

Comissão do Senado aprova projeto que isenta pagamento de FGTS e INSS para trabalhadores aposentados

Mais na Exame