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Anef prevê alta de 10% do crédito para veículos em 2011

Depois de uma expansão de 20% em 2010, a previsão é que a carteira de empréstimos para o segmento diminua em 2011

Entre as razões, o  aumento dos juros básicos da economia para conter a inflação deve esfriar a produção de carros e ainda encarecer o crédito (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Entre as razões, o aumento dos juros básicos da economia para conter a inflação deve esfriar a produção de carros e ainda encarecer o crédito (Marco de Bari/Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 15h36.

São Paulo - O crescimento das linhas de crédito para financiamento de veículos deve se reduzir à metade este ano. Depois de uma expansão de 20% em 2010, a previsão é que a carteira de empréstimos para o segmento cresça 10% em 2011, fechando o ano em R$ 207 bilhões, segundo estimativas da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).</p>

O menor crescimento do crédito para a compra de veículos é resultado de vários fatores, na avaliação do presidente da Anef, Décio Carbonari de Almeida. O principal são as medidas adotadas pelo Banco Central em dezembro de 2010 para frear o crédito ao consumo. Os empréstimos para veículos foram os mais afetados, pois o BC passou a exigir mais depósito compulsório dos bancos e mais patrimônio para operar nas linhas com prazos maiores. Em segundo lugar, o executivo cita o aumento dos juros básicos da economia para conter a inflação, que deve esfriar a produção de carros e ainda encarecer o crédito.

Carbonari espera um primeiro semestre fraco para o mercado de automóveis e uma recuperação a partir de agosto. Em janeiro, diz ele, já houve alguns reflexos das medidas do Banco Central. O executivo, que é diretor presidente do Banco Volkswagen, destaca que houve aumento das vendas à vista de carros no mês passado, reduzindo a participação das vendas financiadas.

No ano passado, a carteira total de financiamento de veículos fechou em R$ 188,6 bilhões, considerando somente as linhas de pessoas físicas. O volume liberado foi recorde e superou as metas iniciais de expansão, que previam encerramento do ano em R$ 185 bilhões. "Foi um período excepcional", diz Carbonari.

O crédito direto ao consumidor (CDC) foi o destaque de crescimento, com expansão de 49% e carteira de R$ 140,3 bilhões. Já o leasing fechou em queda de 23%, com R$ 48,3 bilhões. A Anef reúne 14 bancos de montadoras. Esses bancos são responsáveis por cerca de 35% do financiamento a veículos no Brasil.

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