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Anderson Torres deve voltar ao Brasil nesta sexta-feira e se entregar à PF

O ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava em férias, nos Estados Unidos, e teve a sua prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes

Anderson Torres: ex-ministro de Bolsonaro. (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Anderson Torres: ex-ministro de Bolsonaro. (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 06h03.

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, deve chegar ao Brasil nesta sexta-feira, 12, para se entregar à Polícia Federal (PF). O ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava em férias, nos Estados Unidos, e teve a sua prisão preventiva decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por conta dos ataques terroristas em Brasília no último domingo, 8.

Em sua decisão, que foi referendada pela maioria dos ministros do supremo em julgamento virtual, Moraes disse ver "fortes indícios" de que ele foi "conivente" com os atos golpistas na capital federal. Além da prisão, o ministro também determinou busca e apreensão de documentos na casa de Torres, que foi cumprida na quinta-feira, 12.

Também na quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a abertura de três novos inquéritos para apurar os responsáveis pelos atos golpistas. Se aceitas, as investigações terão como alvos os executores, autores intelectuais e instigadores dos atos.

Ao todo, a PGR pediu a abertura de sete inquéritos. Nesta semana os procuradores já pediram a investigação de financiadores dos atos e a apuração da responsabilidade do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e de Anderson Torres. Outra petição protocolada envolve suposta incitação ao crime por parte de três deputados diplomados que fizeram postagens nas redes sociais.

Na última quarta-feira, 11, o procurador-geral da República, Augusto Aras, criou o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos para coordenar as ações e o trabalho de investigação dos crimes. Aras costuma ser criticado por leniência em relação a possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro - entre eles a instigação de ataques às instituições democráticas ao questionar os resultados das eleições. O PGR tomou medidas após ser acusado de omissão e cobrado por subprocuradores.

(Com Estadão Conteúdo)

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