Brasil

ANA quer mediar conflito entre RJ e SP sobre Rio Paraíba

Intenção do governo paulista é interligar um dos rios da bacia com o Sistema Cantareira que, por falta de chuva, registra os piores níveis dos últimos 40 anos


	Sistema de captação: diretor da ANA, Vicente Andreu Guillo, disse entender tanto os argumentos de São Paulo quanto os do Rio de Janeiro; ambos dizem precisar das águas do Rio Paraíba do Sul
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação: diretor da ANA, Vicente Andreu Guillo, disse entender tanto os argumentos de São Paulo quanto os do Rio de Janeiro; ambos dizem precisar das águas do Rio Paraíba do Sul (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 17h17.

Brasília - A Agência Nacional de Águas (ANA) estuda uma forma de promover entendimento entre os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro sobre a proposta paulista de captar água na Bacia do Rio Paraíba do Sul, solução encontrada para resolver o problema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo.

A intenção do governo paulista é interligar um dos rios da bacia com o Sistema Cantareira que, por falta de chuva, registra os piores níveis dos últimos 40 anos. Cantareira é o maior reservatório de água de São Paulo e abastece quase 9 milhões de pessoas na região metropolitana da capital.

“É uma situação bastante complexa, todos os argumentos colocados à mesa são corretos. Entendo a preocupação do governador de São Paulo [Geraldo Alckmin] em tentar aumentar a segurança hídrica no estado e, do outro lado, a preocupação do Rio, manifestada por seu governador [Sérgio Cabral], de que qualquer interferência no Rio Paraíba do Sul acaba naturalmente podendo causar impactos no estado”, disse o diretor presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo.

Ele explica que é correto o estado do Rio levantar, tecnicamente, suas preocupações, verificar as consequências do projeto. “Em períodos normais de chuva não existe efeito no Rio mas, em situação extrema de escassez, pode efetivamente levar problemas adicionais para o estado”, disse.

Acompanhe tudo sobre:Águacidades-brasileirasMetrópoles globaisRio de Janeirosao-paulo

Mais de Brasil

Guarulhos e Galeão têm atrasos causados por efeitos do apagão cibernético global

BNDES anuncia financiamento de R$ 4,5 bi de 32 jatos da Embraer à American Airlines

STF diz que foi afetado por apagão global, mas que principais serviços já foram restabelecidos

Mais na Exame