Ana Amélia: a senadora está concorrendo ao governo do Rio Grande do Sul (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 19h12.
Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 10h39.
Porto Alegre - A senadora e candidata do PP ao governo do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos, trabalha com a possibilidade de vitória no primeiro turno e atribui as recentes denúncias que envolvem seu nome ao suposto "desespero" do PT em reverter o quadro eleitoral gaúcho.
De acordo com a última pesquisa divulgada no Estado, do instituto Datafolha, Ana Amélia aparece com 37% das intenções de voto, ante 27% do atual governador, Tarso Genro (PT), e 13% de José Ivo Sartori (PMDB).
Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a senadora citou a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, ao afirmar que a estratégia do ataque está no DNA do PT.
"É desumano o que estão fazendo com ela. Para dizer o mínimo, desrespeitoso", avaliou.
Ao ser questionada sobre as críticas feitas a Marina pelo candidato do PSDB, Aécio Neves, aliado do PP no Rio Grande do Sul, Ana Amélia disse que responde "apenas por ela", e não pelos tucanos.
Na conversa em seu escritório na capital gaúcha, Ana Amélia também afirmou que, se eleita, uma de suas prioridades será qualificar a gestão do gasto público.
Além disso, explicou que duvida do compromisso do governo federal em votar o projeto de renegociação da dívida dos Estados em novembro no Senado, citando recente afirmação de Tarso, pela qual a estratégia de votação do projeto considera a vitória do PT na eleição ao governo gaúcho e à Presidência, em outubro.
"As soluções têm sido adiadas. Terá que ser feito um exercício de qualificar a gestão. Hoje 53% da matrícula de servidores do Estado é composta por aposentados. O Tarso aumentou de 11% para 13,25% a contribuição dos inativos e o déficit na Previdência continua", diz a candidata.
Para ela, será necessário ampliar o Fundo Previdenciário para que não haja risco de os servidores terem o pagamento suspenso.
"O Estado tem imóveis que estão ociosos, é preciso otimizar este patrimônio. Vamos também reduzir as estruturas administrativas com status de secretarias."
Perguntada sobre o motivo de o candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves não crescer mais nas pesquisas no Rio Grande do Sul, Ana Amélia disse que "nem os cientistas políticos sabem, mas que está "fazendo a sua parte".