Greve ocorre porque os trabalhadores querem 15% de aumento nos salários. Companhias oferecem apenas 8% (Pedro Zambarda/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 08h29.
São Paulo - Tanto os paulistanos quanto os moradores da Grande São Paulo estão sem transporte ferroviário, operado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), por conta da greve da categoria, decretada na noite de terça-feira, e que se estendeu nesta manhã para as seis linhas da malha ferroviária da região metropolitana. Segundo a assessoria da CPTM, a greve afeta 100% das 89 estações localizadas em 22 cidades da Grande São Paulo. São quase 2,5 milhões de usuários afetados pela paralisação.
Ainda segundo a CPTM, até as 4h15 desta madrugada, em razão da paralisação que abrange 100% da malha ferroviária, não foi possível colocar em operação o Plano de Apoio entre as Empresas em Situação de Emergência (Paese), que redireciona algumas linhas de ônibus para o itinerário dos trechos do sistema afetados pela paralisação.
A SPTrans informou que 21 linhas de ônibus que teriam como destino final a estação Guaianazes da CPTM e três que iriam até a estação José Bonifácio tiveram seu itinerário expandido até a estação Corinthians/Itaquera da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Os funcionários querem 5% de aumento nos salários e o governo oferece 3,7%. Uma nova reunião entre sindicalistas e CPTM deve ser realizada nesta manhã.
ABC
No Grande ABC, motoristas e cobradores de ônibus de empresas particulares decidiram manter a greve iniciada ontem. A paralisação afeta o transporte municipal e intermunicipal em Santo André, São Bernardo do Campo, Mauá, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e São Caetano do Sul e Diadema.
A assessoria da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) informou que conseguiu ontem liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que obriga a circulação de pelo menos 80% da frota de 850 ônibus, em 130 linhas, que atendem os passageiros em toda a região. A multa diária para o descumprimento da decisão é de R$ 200 mil. Até as 6h30, das 19 empresas, três operavam normalmente, três parcialmente e as 13 restantes estavam totalmente paralisadas.
Os trabalhadores querem 15% de aumento nos salários, mas as companhias oferecem 8%. O sindicato que representa os funcionários afirma que as empresas não apresentaram nova proposta. Hoje vai ser realizada uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).