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Amoêdo, do Novo, quer testar vale educação em escolas privadas

Segundo Amoêdo a experiência do "vale educação" começaria com um pequeno grupo, que ganharia a oportunidade por meio de sorteio

João Amoêdo, do partido Novo, durante campanha à Presidência. (Yolanda Prezentino/Partido Novo/Divulgação)

João Amoêdo, do partido Novo, durante campanha à Presidência. (Yolanda Prezentino/Partido Novo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de setembro de 2018 às 15h56.

O candidato à presidência da República do partido Novo, João Amoêdo, disse que pretende lançar no Brasil uma espécie de bolsa educação inspirada no bolsa família.

"A gente queria testar, até aproveitando o conceito do bolsa família, dar para as pessoas mais pobres um vale educação para que pudessem colocar seus filhos nas escolas privadas", explicou Amoêdo, um pouco antes da caminhada da "onda laranja", cor do partido, pela orla carioca, saindo do Leblon, bairro na zona sul onde mora o candidato.

Cerca de 300 pessoas caminharam com o candidato, entre eles o técnico de vôlei Bernardinho, que se filiou e apoia o partido mas não quis sair candidato ao governo do Rio.

Segundo Amoêdo a experiência do "vale educação" começaria com um pequeno grupo, que ganharia a oportunidade por meio de sorteio. "A gente sabe que a qualidade da escola privada hoje é melhor, então a gente não acha justo impedir que as pessoas mais pobres coloquem os seus filhos no ensino privado", afirmou.

Com apenas 1% de votos na última pesquisa do Ibope, Amoêdo tem visto o seu nome crescer principalmente nas redes sociais, ambiente escolhido para a campanha pelo Novo. "Nossa aposta sempre foi ser coerente e sair da política tradicional", disse o candidato que na "guerra de likes" da internet aparece em quarto lugar, atrás de Bolsonaro, Lula e Marina.

Sem coligações com outros partidos, Amoêdo afirmou que vai governar em uma "coligação com o cidadão brasileiro que quer mudança", mas que estará disposto a ter a companhia de políticos que tenham como princípio melhorar a vida do brasileiro.

"Mas aqueles que querem só usar a máquina pública para se perpetuar no poder e atender o seu interesse, não têm vez. Foi justamente para lutar contra esse tipo de coisa que a gente montou esse partido", explicou Amoêdo, que além da educação prioriza a segurança.

"Tem que ter integração maior entre as polícias federal, estadual e municipal. Hoje as responsabilidades estão muito dispersas, nem todos assumem a sua real responsabilidade, o próprio governo federal na questão das fronteiras", disse, que pretende investir mais em tecnologia e inteligência para solucionar uma das maiores mazelas atualmente no País.

"Queremos parcerias público-privadas para os presídios e um combate efetivo ao crime organizado. Esses são os tópicos principais em um primeiro momento", afirmou.

Entusiasmado com o crescimento da candidatura, Amoêdo lamenta ter sido barrado nos debates, mas vai continuar viajando pelo Brasil nas próximas semanas. Amanhã, 3, o candidato estará em São Paulo e estados do centro do País. Semana que vem será a vez do Nordeste e Sul, informou. "Com o crescimento da candidatura a campanha passa a ter mais interesse da imprensa e a gente pode expor o que a gente quer para o Brasil", avaliou.

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