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Alves descarta reapresentação de "cura gay" neste ano

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), acredita que o novo projeto não tramitará devido a protestos contra o anterior, de texto idêntico


	Projeto da "cura gay" original do deputado João Campos (PSDB-GO) que teve tramitação interrompida após protestos, foi reapresentando por Anderson Rodrigues (PR-PE)
 (Fernando Frazão/ABr)

Projeto da "cura gay" original do deputado João Campos (PSDB-GO) que teve tramitação interrompida após protestos, foi reapresentando por Anderson Rodrigues (PR-PE) (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 23h40.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou na noite desta quarta-feira, 03, que o novo projeto da "cura gay", apresentado mais cedo pelo deputado Anderson Rodrigues (PR-PE), não poderia tramitar neste ano.

A avaliação de Alves é porque o projeto anterior da "cura gay", de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) e alvo de críticas das manifestações que tomaram as ruas do País nas últimas semanas, teve a tramitação interrompida na noite passada. Pelo regimento, a reapresentação da matéria deve esperar até a próxima sessão legislativa, no ano que vem.

O deputado Rodrigues, que propôs o texto idêntico, defende que a restrição não valeria para projetos de autores diferentes.

"Eu entendo que não poderia ser representado na mesma sessão legislativa. Pedi para a Mesa Diretora examinar e, no que depender de mim, vou indeferir", afirmou o presidente da Câmara. Alves disse ainda que uma decisão sobre o tema deve ser tomada até quinta-feira, 04. "Quero resolver amanhã para não deixar essa coisa crescer."

Novo "cura gay"

Mais cedo, o deputado Anderson Rodrigues apresentou um texto idêntico à proposta elaborada por João Campos, que foi batizada de "cura gay". O projeto suspende trecho de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que proibiu profissionais da área de colaborar com eventos e serviços que prometam "tratamento e cura" da homossexualidade.

Para começar a tramitar, no entanto, a proposta de Rodrigues precisa do aval da Mesa Diretora da Casa. Como o Projeto de Decreto Legislativo de Campos foi arquivado, matéria semelhante só poderia ser reapresentada no próximo ano. Há dúvidas, porém, se a regra valeria no caso de autores diferentes. Caso a Mesa opte por indeferir a proposta, Rodrigues promete recorrer da decisão.

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