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Alunos e médicos do HU de Brasília fazem protesto

Manifestantes pedem melhorias nas condições de atendimento


	Protesto em frente ao Ministério da Saúde, em Brasília: estudantes pedem definição quanto à administração do hospital, que passou à responsabilidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares em janeiro deste ano
 (Valter Campanato/ABr)

Protesto em frente ao Ministério da Saúde, em Brasília: estudantes pedem definição quanto à administração do hospital, que passou à responsabilidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares em janeiro deste ano (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 14h35.

Brasília – Os alunos e os médicos do Hospital Universitário de Brasília (HUB) fizeram um protesto hoje (21) por melhorias nas condições de atendimento. Os cerca de 200 manifestantes chegaram a fechar uma pista da L2 Norte, no Plano Piloto, no sentido sul-norte, em frente ao hospital.

O trânsito ficou parcialmente impedido por um tempo no final da manhã, mas em seguida viaturas do Departamento de Trânsito (Detran) do Distrito Federal e da Polícia Militar (PM) chegaram para normalizar o fluxo de veículos.

Os estudantes do HUB pedem, sobretudo, uma definição quanto à administração do hospital, que é vinculado à Universidade de Brasília (UnB). A gestão do HUB passou à responsabilidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em janeiro deste ano. De acordo com os alunos, isso acabou gerando indefinição em relação às responsabilidades dos entes públicos – no caso, a Ebserh e a administração da UnB.

De acordo com a assessoria de imprensa do HUB, os diretores do hospital estão em uma viagem de capacitação. O diretor em exercício, Sérgio Pedrosa, se dispôs a reunir-se com os estudantes, que não aceitaram a proposta e querem um encontro com os titulares.

"Nós temos muita força de vontade, porque não temos os meios. O hospital entrou em decadência nos últimos meses. Parece que a administração abriu mão", reclamou a residente em pediatria Clarinda Oliveira.

Segundo os manifestantes, não há equipamentos para a realização de exames de imagem (como raio-X, tomografia e ressonância magnética) e faltam professores em diversas especialidades – como otorrinolaringologia e anestesia. A carência de anestesista, por exemplo, faz com que cirurgias sejam suspensas com frequência, informou o residente Paulo Cunha.

De acordo com a assessoria do HUB, desde que assinou contrato com a empresa pública, o hospital recebeu investimentos para a melhoria do atendimento e das condições de trabalho dos mais de 2 mil funcionários da unidade. Em abril deste ano, a Ebserh começou a entregar equipamentos para diversos setores, parte de um investimento de R$ 9 milhões, informou o hospital.


Em relação aos equipamentos de radiologia, o HUB explicou que a Ebserh tem mantido contato com as empresas fabricantes para que os aparelhos estejam funcionando o mais rápido possível. As peças que têm de ser repostas para o funcionamento do tomógrafo, da densitometria óssea e do equipamento de raio-X devem ser substituídas até o final do mês.

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital está fechada, assim como a UTI Neonatal, o que impede atendimento a gestantes de alto risco. A assessoria do hospital informou que a UTI está fechada para adequações técnicas apontadas em vistoria da vigilância sanitária. Em relação à UTI Neonatal, a intenção do hospital é contratar 19 profissionais por meio de concurso público.

Em tese, os médicos do HUB devem ser contratados por concurso. Devido à falta crônica de profissionais, os médicos passaram a ser admitidos por meio de contratos. Com a piora das condições de trabalho e a oferta de salários mais atrativos em outros hospitais, vários profissionais deixaram o hospital. O próximo concurso da Ebserh para a admissão de novos médicos está previsto para janeiro de 2014.

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