Brasil

Marina foi companheira de lutas de Lula, diz Aloysio Nunes

Senador disse que a candidata do PSB se apresenta como um novo caminho na política, mas "não é nova coisa nenhuma"

Aloysio Nunes cumprimenta eleitores durante encontro com lideranças políticas do Pontal do Paranapamena (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aloysio Nunes cumprimenta eleitores durante encontro com lideranças políticas do Pontal do Paranapamena (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 18h49.

São Paulo - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), vice na chapa do presidenciável tucano Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira, 09, que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, se apresenta como um novo caminho na política, mas "não é nova coisa nenhuma".

Em entrevista à TV Folha, o senador disse que Marina faz parte da elite política brasileira, pois desde 1988 frequenta o meio político.

"Ela se baseia numa falsificação da história recente do Brasil, ela foi do PT, companheira de lutas de Lula (ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva) e de Dilma (atual presidente e candidata à reeleição pelo PT)."

E disse que a candidatura Marina "é uma miragem, algo difícil de circunscrever".

Indagado sobre a hipótese de seu partido ficar fora da disputa do segundo turno dessas eleições presidenciais, algo que não ocorre há cerca de 20 anos, Aloysio disse que apesar da realidade de hoje das pesquisas indicar Aécio no terceiro lugar, atrás de Dilma e de Marina, o partido está trabalhando assiduamente em prol de sua candidatura.

"Estamos em terceiro lugar, é a realidade de hoje, mas o cenário mostra também que Dilma não tem condições de se reeleger, a Petrobras será uma pá de cal em sua candidatura. Em contrapartida, Aécio ainda não é conhecido do eleitorado e vamos apresentá-lo como o caminho mais seguro para a mudança que o País precisa."

E disse que não vai falar de eventuais alianças futuras porque seu partido está na briga para eleger Aécio.

Para justificar o argumento de que Aécio não está fora do páreo, Aloysio exemplificou com sua própria candidatura ao Senado Federal, nas eleições de 2012.

Segundo ele, nessa mesma fase da campanha, "ninguém dava a mínima para a sua candidatura" por imaginar que ele não seria eleito. "E eu fui o senador mais votado de São Paulo, numa reviravolta que eu aposto que vai acontecer com nosso candidato".

Boa parte da entrevista foi utilizada pelo senador para falar do que ele classifica de contradições de Marina Silva.

E repetiu o que Aécio disse ontem em campanha no Estado do Pará, quando acusou a candidata do PSB de se fazer de vítima e não enfrentar os debates na arena política.

"Ela se considera exonerada do dever de dar explicações e quando questionam ela se coloca de vítima, é um perfil político escorregadio." E frisou: "Por isso, é melhor apostar na coerência, que é a candidatura Aécio."

Aloysio disse que em um eventual governo tucano, "obviamente a gasolina será corrigida, mas não bruscamente e de forma a manter um diferencial de preços para deixar o álcool competitivo", pois este é um setor que emprega muita gente.

Sobre temas polêmicos, como aborto, drogas e união civil para pessoas do mesmo sexo, o vice de Aécio disse que a pluralidade de pensamentos dos correligionários do PSDB, leva o partido a não adotar bandeiras nesses casos.

"Não temos unidade programática no PSDB sobre a questão do aborto, pessoalmente sou favorável a tirar a questão do código penal, mas o Serra (candidato do Senado Federal pelo PSDB de São Paulo, José Serra) não é. O senador disse que é favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e que já foi favorável à descriminalização do uso das drogas, mas hoje tem posição contrária. Fico receoso em abrir uma porta onde poderia entrar muita coisa ruim".

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEleiçõesEleições 2014Marina SilvaOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Cavaliere, vice eleito do Rio: segurança pública exige coordenação entre União, estado e município

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário