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Aliança PSB-Marina não agrega tempo de TV, diz Bernardo

O ministro disse ainda que "ninguém vota por conta da vice" e avaliou que a mudança diminuiu a possibilidade de segundo turno nas eleições de 2014


	Bernardo: "não podemos supor que todos esses 20% (que Marina tinha nas pesquisas) vão migrar para o Eduardo Campos, com certeza a presidente Dilma vai receber um porcentual disso", disse
 (Antonio Cruz/Abr)

Bernardo: "não podemos supor que todos esses 20% (que Marina tinha nas pesquisas) vão migrar para o Eduardo Campos, com certeza a presidente Dilma vai receber um porcentual disso", disse (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 15h04.

Brasília - Ao comentar a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB para formar aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira, 09, que "ninguém vota por conta da vice" e avaliou que a mudança no cenário político diminuiu a possibilidade de segundo turno nas eleições de 2014.

Para o ministro, Campos e Marina fizeram uma "boa articulação", mas não agregou tempo de televisão ao partido na campanha eleitoral.

"Não sei se a chapa é competitiva. Ela (Marina) acrescenta para ele (Campos), mas se você for pensar, se ela for vice, no Brasil ninguém vota por causa do vice. As pessoas votam no candidato. Precisamos saber quem vai ser o candidato, porque hoje, nos jornais, ela tá falando claramente que pode ser candidata. Temos de observar isso com tranquilidade: vai ser o Eduardo com a Marina de vice, ou vai ser a Marina com o Eduardo de vice, ou vai ser um dos dois candidatos sem o outro como vice? Ainda tem muita coisa para acontecer", afirmou o ministro, após audiência com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

"Se formos olhar por essa mudança, diminuiu a possibilidade de segundo turno. Eles tiraram pelo menos um candidato. Se tiraram a Marina, significa tirar uma candidata que tinha mais de 20 pontos (de intenção de voto) nas pesquisas. Não podemos supor que todos esses 20% vão migrar para o Eduardo Campos, com certeza a presidente Dilma vai receber um porcentual disso. Vai ter bastante chão (a campanha presidencial), temos de trabalhar bastante para nos organizarmos", disse.


Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada nesta quarta-feira, Marina disse que foi para o PSB porque tem a ambição de que a política "pode ser melhor" e que não acredita em transferência de voto "porque o voto não é meu, é do eleitor". Marina afirmou não ter como "objetivo de vida ser presidente" e sim "um país melhor".

Preocupação

Questionado se a aliança Marina-Campos não preocuparia o Planalto, Bernardo respondeu: "O governo não está preocupado com isso. Quem tem de discutir campanha são os partidos, as organizações que vão tocar a campanha. Campanha presidencial no Brasil não tem hipótese de ser fácil, é sempre muito disputada. Vamos ter uma eleição muito disputada".

Na avaliação de Bernardo, a filiação de Marina ao PSB é "positiva" para o PSB, mas não agregou tempo de televisão. "Eles fizeram uma boa articulação política, pode ser que isso se desenvolva bem, pode ser que não", comentou.

Indagado sobre qual cenário seria melhor para a presidente (ter Marina ou Campos como adversário), Bernardo respondeu que "o melhor para ela (Dilma) é ter um bom governo, porque governo bom costuma significar votos".

"Não podemos organizar nossa campanha olhando, torcendo para que os outros fracassem, temos de fazer a nossa campanha para ser bem-sucedido. A presidenta tá muito tranquila nesse aspecto, tá fazendo um bom governo, tem apoio, bons programas em execução. Com certeza, se você olhar qualquer quadro, qualquer pessoa que entende de eleição, vai dizer que ela é a favorita da eleição", avaliou.

Para o ministro, Marina e Campos "já mudaram o discurso". "Quem mudou o discurso foram eles. Ela (Dilma) vai fazer o discurso que tem feito, não teria cabimento mudar", prosseguiu.

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