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Aldo Rebelo: Dividir país entre direita e esquerda não resolverá problemas

Pré-candidato do Solidariedade disse que suas bandeiras são redução das desigualdades sociais, retomada do crescimento econômico e preservação da democracia

Aldo Rebelo: "Ou se restabelece o equilíbrio da vida democrática ou não vamos conhecer soluções permanentes e profundas para os nossos problemas" (Roosewelt Pinheiro/EXAME.com/Site Exame)

Aldo Rebelo: "Ou se restabelece o equilíbrio da vida democrática ou não vamos conhecer soluções permanentes e profundas para os nossos problemas" (Roosewelt Pinheiro/EXAME.com/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2018 às 16h45.

Niterói - O pré-candidato do Solidariedade à Presidência da República, Aldo Rebelo, disse nesta terça-feira, 8, durante a 73ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, que é preciso "restabelecer o equilíbrio da vida democrática brasileira" e resgatar os municípios como "entes de referência e atores da vida política democrática", "para a solução de todos os seus desafios". Outros dez presidenciáveis também participaram do evento.

"Que tipo de País nós teremos se as diferenças políticas resvalarem na violência?", disse Rebelo, referindo-se aos tiros contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ou se restabelece o equilíbrio da vida democrática ou não vamos conhecer soluções permanentes e profundas para os nossos problemas. O Brasil não tem saída fora da democracia e a democracia não tem saída fora da política".

"O Brasil é um dos poucos países onde o município figura como ente federativo pleno", ele discorreu à plateia de prefeitos, e é preciso "fazer o debate sobre a repactuação da federação, para que este seja plenamente reconhecido como ente jurídico institucional, valorizado politicamente e socialmente na formulação da renda do País".

Rebelo disse que suas bandeiras de campanha são a redução das desigualdades sociais, a retomada do crescimento da economia e a preservação da democracia. Ao ser questionado se acredita na viabilidade de uma união da esquerda já no primeiro turno, respondeu que não vê razão para que o País seja dividido entre os alinhados à direita ou à esquerda, por acreditar que o desejo pelo desenvolvimento é de todos.

"O próprio governo Lula tinha pessoas que não eram de esquerda, foi uma composição de forças muito ampla. Dividir o País não vai resolver nossos problemas".

A reunião de prefeitos é o primeiro evento com múltiplos candidatos nesta fase de pré-campanha eleitoral. Os presidenciáveis falam separadamente, depois de assistirem a um vídeo onde são mencionadas propostas discutidas pelos prefeitos nos últimos dias.

Já falaram Rodrigo Maia (DEM), Álvaro Dias (PODE), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Afif Domingos (PSD), Manuela D'Ávila (PCdoB), Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT). Também falarão Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Paulo Rabello (PSC).

Foram convidados os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas ou que são de partidos com pelo menos cinco parlamentares. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu e não justificou a ausência, diante do questionamento da reportagem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso, pediu para enviar um representante, mas a FNP não concordou. Então Lula enviou uma carta à entidade com seu posicionamento.

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