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Alckmin volta a defender projeto de reorganização escolar

Segundo o governador, uma das maiores razões que levam uma família a tirar a criança da escola pública e matricular na escola privada é o bullying


	Geraldo Alckmin: desta forma, na avaliação do governador, a reorganização escolar possibilitaria a abertura de mais salas nas Emeis e creches
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: desta forma, na avaliação do governador, a reorganização escolar possibilitaria a abertura de mais salas nas Emeis e creches (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 15h36.

Santos - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a defender, nesta sexta-feira, 18, a reorganização escolar, projeto que provocou grande mobilização social contrária à ação, com ocupação de quase 200 escolas e que acabou suspenso.

"Nosso objetivo é criar o clico único, que já existe em 1.500 escolas, consideradas as melhores e que estão 15% acima da média do Idesp (indicador estadual de qualidade do ensino), enquanto as escolas que juntam crianças de 6 anos com adolescentes de 17 anos estão entre 14% e 15% abaixo da média do Idesp", destacou.

Alckmin explicou que a meta é ter mais 750 escolas de ciclo único, separando crianças de 6 a 11 anos no ciclo 1, alunos 11 a 14 anos no ciclo 2 e, no ensino médio, para os adolescentes de 14 a 17 anos, criar outro ciclo.

"Separando o ciclo, melhoram a qualidade da educação e o índice dessas escolas no Idesp. Mantendo juntas as crianças na mesma faixa etária, elas ficam mais focadas no ensino", afirmou.

Segundo o governador, uma das maiores razões que levam uma família a tirar a criança da escola pública e matricular na escola privada é o bullying.

"No mundo inteiro as escolas particulares já são separadas por ciclo. Nossa proposta, do ponto de vista pedagógico, está correta".

Alckmin ressaltou que há muita ociosidade na rede, com 2 milhões de vagas desocupadas, isso porque grande parte do ensino infantil foi municipalizado.

Desta forma, na avaliação do governador, a reorganização escolar possibilitaria a abertura de mais salas nas Emeis e creches.

E também aumentaria o número de vagas nos ensinos técnico e tecnológico.

"Como surgiu bastante dúvida, ao invés de usar 2016 para implantar essa reorganização, nós vamos usar para dialogar, escola por escola, explicando a proposta, mostrando que ela melhora a educação. Tenho certeza de que os pais dos estudantes vão querer esse modelo, que já está implantado", ressaltou Alckmin.

"Os próprios alunos decidiram desocupar as escolas e as poucas ainda ocupadas devem ser liberadas na segunda-feira", finalizou o governador.

Operação Verão

Alckmin esteve na Baixada Santista para lançar oficialmente as operações Verão 2015/2016 e Verão Estradas, entregar à Polícia Militar um helicóptero, anunciar a construção de uma terceira faixa da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega (SP-055) - que liga o Sistema Anchieta-Imigrantes ao litoral sul paulista - e inaugurar, em Santos, a sede do Comando do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia - Baixada Santista.

A Operação Verão 2015/2016 foi antecipada em uma semana. No total, 2.883 policiais militares vão atuar em 16 municípios do litoral paulista (norte e sul) até 15 de fevereiro de 2016, além de 55 agentes da Polícia Civil.

"A estrutura de policiamento está reforçada, com mais viaturas, inclusive veículos descaracterizados. Os três caminhões especiais usados na Copa do Mundo, que funcionam como bases, com equipamentos de alta tecnologia em comunicação e imagens, também estarão no litoral. A partir do dia 22 dezembro teremos a integração permanente do Detecta (sistema de monitoramento criminal) com os municípios da Baixada Santista, litoral sul e norte, subindo pela Rodovia Mogi-Bertioga, chegando ao Vale do Paraíba, passando pela Região de Taubaté, São José dos Campos e do Alto Tietê, até Campos do Jordão", anunciou o secretário Alexandre de Moraes.

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