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Alckmin sinaliza ser favorável à privatização da Petrobras

O pré-candidato à Presidência disse ainda que o processo deve ser amplamente fiscalizado e embasado por um marco regulatório robusto

Alckmin: a privatização da Petrobras foi defendida com a ressalva de que "é preciso discutir a modelagem" do negócio (Ueslei Marcelino/Reuters)

Alckmin: a privatização da Petrobras foi defendida com a ressalva de que "é preciso discutir a modelagem" do negócio (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 06h29.

São Paulo - O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ser favorável às privatizações de estatais brasileiras, desde que o processo seja amplamente fiscalizado e embasado por um marco regulatório robusto.

Durante entrevista para o Canal Livre, da Band, transmitida na madrugada desta segunda-feira, 26, Alckmin defendeu inclusive a privatização da Petrobras, com a ressalva de que "é preciso discutir a modelagem" do negócio.

Alckmin foi questionado no programa sobre como seria sua postura diante do tema privatização durante as eleições e em um eventual mandato como presidente.

Os entrevistados lembraram da campanha de 2006, em que Alckmin se posicionou contra a privatização de estatais. Em resposta, o governador de São Paulo disse que ele não se posicionou contra, mas combateu o que ele chamou de mentira de seu então adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Meu adversário naquela época, o Lula, disse que eu iria privatizar o Banco do Brasil. Não iria e nem irei. Mas apoio a privatização em alguns momentos porque o Estado não tem de ser empresário", defendeu.

Segundo Alckmin, tudo que puder ser feito pelo setor privado, o governo não deve interferir, dando lugar a privatizações, concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

O papel do Estado seria fundamental na fiscalização e na elaboração de um marco regulatório. Como exemplo, ele relembrou reportagens veiculadas neste ano que apontaram que concessionárias de rodovias aumentaram pedágios, mesmo sem cumprir contratos e entregar obras.

"As PPPs são boas ou ruins? Depende. Se tiver um marco regulatório e fiscalização, são boas", argumentou, reforçando que essas parcerias são formas de trazer investimentos para o País e gerar empregos.

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