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Alckmin recua e suspende reorganização escolar em SP

Decisão ocorre após mais de 20 dias de protestos e logo depois da divulgação de pesquisa que indica queda na popularidade do governador

Geraldo Alckmin: Após protestos, governador suspende plano de reorganização escolar (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2015 às 09h05.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin oficializou a suspensão do projeto de reorganização escolar no estado de São Paulo . A decisão foi publicada em decreto no Diário Oficial deste sábado (05).

A revogação acontece após a realização de diversos protestos movidos por estudantes , que se arrastaram por mais de 20 dias.

Inicialmente, os estudantes ocuparam escolas da rede pública, mas ao longo desta semana eles resolveram realizar os protestos em algumas das principais avenidas da cidade de São Paulo, o que gerou uma reação enérgica da Polícia Militar, que chegou a usar bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

A decisão de suspensão do plano já havia sido anunciada pelo governador na sexta-feira (04). Alckmin afirmou que a reorganização das escolas será adiada para 2017 e discutida no próximo ano em cada escola.

"Vamos dialogar escola por escola. Os alunos continuarão na escola em que estudam e nós começaremos a aprofundar o diálogo com os estudantes e pais de alunos", disse o governador após a decisão de revogação do plano.

A reorganização escolar afetaria cerca de 300 mil alunos da rede estadual. A proposta consistia em um remanejamento de escolas, que levaria cada uma delas a oferecer apenas um dos três ciclos de ensino (1° ao 5° ano, 6° ao 9° ano ou Ensino Médio).

Assim, segundo a Secretaria de Educação do estado, 93 unidades seriam "disponibilizadas", ou em outras palavras, seriam fechadas e utilizadas para outros fins.

Popularidade em queda

O recuo de Alckmin aconteceu no mesmo dia em que foi divulgada a pesquisa do Datafolha indicando queda na sua popularidade.

De acordo com os resultados, apenas 28% da população avalia a gestão de Alckmin como boa ou ótima, o pior índice de seus quatro mandatos.

São Paulo - Esta semana foi marcada pelo parecer favorável do presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB), ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O documento aceito pelo peemedebista foi protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal no último dia 21 de outubro. A presidente, nada satisfeita, respondeu em um pronunciamento ofical, no mesmo dia, que estava indgnada com a decisão de Cunha. A petista diz que não existe nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público contra ela. Navegue pelas fotos e veja as frases que resumem a semana.
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